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CAPÍTULO CINCO

Riley estava quase hiperventilando enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

Certamente eu posso contestar essa decisão, Pensou.

A agência e o advogado poderiam facilmente reunir alguma evidência sólida do comportamento abusivo de Scarlatti.

Mas o que aconteceria nesse meio tempo?

Jilly nunca ficaria com o pai. Ela fugiria novamente – e desta vez poderia realmente desaparecer.

Riley podia nunca mais ver sua filha mais nova.

Ainda sentado, o juiz disse a Jilly, “Mocinha, acho que deveria ir ter com seu pai agora”.

Para surpresa de Riley, Jilly parecia totalmente calma.

Ela apertou a mão de Riley e sussurrou…

"Não se preocupe, mamãe. Vai correr tudo bem.”

Caminhou até onde Scarlatti e sua noiva estavam agora de pé. O sorriso de Albert Scarlatti parecia caloroso e acolhedor.

Assim que o pai estendeu os braços para abraçá-la, Jilly disse, "Tenho algo a dizer para você".

Uma expressão curiosa atravessou o rosto de Scarlatti.

Jilly disse, "Você matou meu irmão".

“O q-quê?” Scarlatti gaguejou. “Não, isso não é verdade e você sabe disso. Seu irmão Norbert fugiu. Eu já te disse muitas vezes…”

Jilly o interrompeu.

“Não, eu não estou falando do meu irmão mais velho. Eu nem me lembro dele. Estou falando do meu irmãozinho.”

"Mas você nunca teve um…"

“Não, eu nunca tive um irmãozinho. Porque você o matou.”

A boca de Scarlatti se abriu e seu rosto ficou vermelho.

Com a voz tremendo de raiva, Jilly continuou, “Parece que você acha que não me lembro da minha mãe, porque eu era muito pequena quando ela foi embora. Mas eu lembro. Eu lembro que ela estava grávida. Eu lembro de você gritando com ela. Você bateu no estômago dela. Eu vi você fazer isso muitas vezes. Então ela ficou doente. E depois já não estava mais grávida. Ela me disse que era um menino e ele seria meu irmão mais novo, mas você o matou.”

Riley ficou desconcertada com o que Jilly estava dizendo. Ela não tinha dúvidas de que cada palavra era verdadeira.

Eu gostaria que ela me tivesse contado, Pensou.

Mas é claro que Jilly deve ter achado muito doloroso falar sobre isso até esse momento.

Jilly agora estava chorando. Ela disse, “Mamãe chorou muito quando me contou. Ela disse que tinha que ir embora ou você a mataria mais cedo ou mais tarde. E ela foi embora. E nunca mais a vi.”

O rosto de Scarlatti estava reduzido a uma expressão feia. Riley podia ver que ele estava lutando com sua raiva.

Ele rosnou, "Garota, você não sabe do que está falando. Você está imaginando tudo.”

Jilly disse, “Ela estava usando seu lindo vestido azul naquele dia. Aquele que mais gostava. Veja, eu lembro. Eu vi tudo.”

As palavras de Jilly eram uma torrente desesperada.

“Você mata tudo e todos, mais cedo ou mais tarde. Você não pode evitar. Eu aposto que até mentiu quando me disse que meu cachorrinho tinha fugido. Você provavelmente matou Darby também.”

Agora Scarlatti estava tremendo todo.

As palavras de Jilly continuavam fluindo, “Minha mãe fez a coisa certa fugindo e espero que esteja feliz, onde quer que esteja. E se ela está morta, bem, está melhor do que estaria com você.”

Scarlatti soltou um rugido de fúria. "Cale a boca, sua cabra!"

Ele agarrou Jilly pelo ombro com uma mão e lhe deu um tapa no rosto com a outra.

Jilly gritou e tentou se afastar dele.

Riley levantou-se indo na direção de Scarlatti. Antes de chegar junto a ele, dois seguranças agarraram o homem pelos braços.

Jilly se libertou e correu para Riley.

O juiz bateu o martelo e tudo ficou silencioso. Olhou ao redor do tribunal como se não pudesse acreditar no que acabara de acontecer.

Por um momento, limitou-se a respirar pesadamente.

Então olhou para Riley e disse, “Senhora Paige, penso que lhe devo um pedido de desculpas. Tomei a decisão errada agora e a anulo.”

Olhou para Scarlatti e acrescentou, “Volte a falar e coloco-o na prisão.”

Olhando para os outros na sala, o juiz disse com firmeza, “Não haverá mais audiências. Esta é a minha determinação final sobre essa adoção. A custódia é concedida à mãe adotiva”.

Ele bateu novamente o martelo, se levantou e saiu do tribunal sem dizer mais nada.

Riley se virou e olhou para Scarlatti. Seus olhos escuros estavam furiosos, mas os dois seguranças ainda estavam de pé ao lado dele. Ele olhou para sua noiva, que parecia horrorizada. Então Scarlatti baixou a cabeça e ficou ali em silêncio.

Jilly se jogou nos braços de Riley, soluçando.

Riley a abraçou e disse, “Você é uma garota corajosa, Jilly. Eu nunca te vou deixar, não importa o que aconteça. Pode contar com isso."

*

A bochecha de Jilly ainda estava ardendo enquanto Riley discutia alguns detalhes com Brenda e o advogado. Mas parecia um bom tipo de dor e ela sabia que logo iria embora. Ela dissera a verdade sobre algo que guardra para si mesma por muito tempo. Como resultado, estava livre de seu pai para sempre.

Riley, sua nova mãe, levou-a de volta ao quarto de hotel, onde fizeram as malas rapidamente e dirigiram para o aeroporto. Chegaram com tempo de sobra para o voo de volta para casa e checaram suas malas para que não tivessem que carregá-las. Depois foram juntas ao banheiro.

Jilly ficou olhando no espelho enquanto sua mãe estava fazendo suas necessidades.

Um ligeiro hematoma estava se formando na parte lateral de seu rosto, onde o pai a atingira. Mas tudo ficaria bem agora.

Seu pai nunca mais poderia machucá-la. E tudo porque ela contara finalmente a verdade sobre seu irmão perdido. Só fora preciso isso para transformar tudo em volta.

Ela sorriu um pouco quando se lembrou da mãe dizendo para ela…

"Você é uma garota corajosa, Jilly."

Sim, pensou Jilly. Eu acho que sou muito corajosa.

CAPÍTULO SEIS

Quando Riley saiu do banheiro, não viu Jilly em lado nenhum.

A primeira coisa que sentiu foi um lampejo de raiva.

Ela se lembrava de ter dito claramente a Jilly…

“Espere do lado de fora da porta. Não vá a lugar nenhum.”

E agora não a via.

Aquela garota, Pensou Riley.

Não estava preocupada em perder o voo. Tinham muito tempo antes de embarcare. Mas esperava fazer as coisas com calma depois de um dia tão difícil. Planejou que passassem pela segurança, encontrassem seu portão de embarque e depois um bom lugar para comer.

Riley suspirou com desânimo.

Mesmo depois das ações corajosas de Jilly no tribunal, Riley não pôde deixar de se dececionar com essa nova demonstração de imaturidade.

Ela sabia que se fosse procurar por Jilly no grande terminal, provavelmente se desencontrariam outra vez. Procurou um lugar para sentar e esperar que Jilly voltasse, o que certamente faria mais cedo ou mais tarde.

Mas enquanto Riley olhava ao redor do grande terminal, teve um vislumbre de Jilly passando por uma das portas de vidro que levavam ao exterior.

Ou pelo menos ela achava que era Jilly – era difícil ter a certeza de onde Riley estava.

E quem era aquela mulher com quem a garota parecia estar?

Parecia Barbara Long, a noiva de Albert Scarlatti.

Mas as duas pessoas desapareceram rapidamente entre os viajantes que circulavam do lado de fora.

Riley sentiu um arrepio de apreensão. Seus olhos estavam a enganando?

Não, ela agora tinha certeza do que tinha visto.

Mas o que estava acontecendo? Por que Jilly iria a algum lugar com aquela mulher?

Riley levantou-se. Ela sabia que não havia tempo para entender aquilo. Andando rapidamente, instintivamente tocou na arma que usava em seu coldre de ombro.

Foi parada por um segurança uniformizado que se colocou na frente dela.

Ele falou com uma voz calma e profissional. "Você está sacando uma arma, minha senhora?"

Riley soltou um gemido de frustração.

Disse, "Não tenho tempo para isso."

Poderia dizer pela expressão do segurança que só confirmou sua suspeita.

Ele sacou sua própria arma e se aproximou dela. Pelo canto do olho, Riley viu que outro segurança tinha visto a atividade e também estava se aproximando.

"Deixe-me passar" Disse Riley, mostrando as duas mãos. "Eu sou uma agente do FBI."

O segurança com a arma não respondeu. Riley calculou que ele não acreditava nela. E ela sabia que ele fora treinado para não acreditar nela. Estava apenas fazendo o seu trabalho.

O segundo segurança parecia prestes a abordá-la.

Riley estava perdendo tempo precioso. Dado seu treinamento superior, calculou que provavelmente poderia desarmar o segurança com a arma antes que ele pudesse disparar. Mas a última coisa que ela precisava agora era entrar em um desentendimento desnecessário com um par de seguranças bem-intencionados.

Forçando-se a ficar parada, ela disse, "Olhe, deixe-me mostrar-lhe minha identidade".

Os dois seguranças se entreolharam cautelosamente.

"OK" Disse o segurança com a arma. "Mas devagar."

Riley cuidadosamente retirou seu distintivo e mostrou para eles.

Suas bocas se abriram.

"Estou com pressa" Disse Riley.

O segurança à frente dela assentiu e guardou sua arma no coldre.

Grata, ela correu pelo terminal e correu pelas portas de vidro para o lado de fora.

Riley olhou ao redor. Nem Jilly, nem a mulher se avistavam.

Mas então viu o rosto da filha na janela traseira de um SUV. Jilly pareceu alarmada e suas mãos pressionavam o vidro.

Pior ainda, o veículo estava começando a se afastar.

Riley começou a correr desesperadamente.

Felizmente, o SUV parou. Um veículo à frente dele parou para os pedestres e o SUV ficou encurralado atrás dele.

Riley chegou ao lado do motorista antes que o SUV pudesse se afastar novamente.

E lá estava Albert Scarlatti no banco do motorista.

Ela pegou a arma e apontou pela janela, diretamente para a cabeça dele.

"Acabou, Scarlatti" Gritou.

Mas antes que ela percebesse, Scarlatti abriu a porta, batendo nela. A arma caiu de sua mão e ficou no chão.

Riley estava furiosa agora – não apenas com Scarlatti, mas com si mesma por julgar mal a distância entre ela e a porta. Pela primeira vez, deixou o pânico apoderar-se de si.

Mas recuperou sua audácia em uma fração de segundo.

Este homem não ia fugir com Jilly.

Antes que Scarlatti pudesse fechar a porta de novo, Riley enfiou o braço dentro para bloqueá-lo. Embora a porta batesse em seu braço dolorosamente, não pôde fechar.

Riley abriu a porta e viu que Scarlatti não se dera ao trabalho de apertar o cinto de segurança.

Ela agarrou-o pelo braço e o arrastou, amaldiçoando e lutando, para fora do carro.

Ele era um homem grande e mais forte do que ela esperava. Ele se soltou dela e levantou o punho para dar um soco no seu rosto. Mas Riley foi mais rápida. Ela bateu com força no plexo solar e ouviu o ar expelido de seus pulmões quando ele se curvou para a frente. Então ela bateu na parte de trás da cabeça dele.

Ele caiu de cara no chão.

Riley pegou sua arma e a colocou de volta em seu coldre.

Por essa altura, vários seguranças já estavam à sua volta. Felizmente, um deles era o homem que ela enfrentara dentro do terminal.

"Tudo bem" Gritou o homem para os outros seguranças. "Ela é do FBI."

Os seguranças preocupados obedientemente mantiveram a distância.

Agora Riley ouviu Jilly gritar de dentro do carro…

"Mamãe! Abra atrás!”

Quando Riley se aproximou do veículo, viu que a mulher, Barbara Long, estava sentada no banco do passageiro, parecendo apavorada.

Sem uma palavra, Riley tocou o botão de desbloqueio que controlava todas as portas.

Jilly saiu do carro.

Barbara Long abriu a porta do seu lado, olhando como se esperasse escapar. Mas um dos seguranças a deteve antes que ela pudesse se esgueirar.

Parecendo totalmente derrotado, Scarlatti tentava erguer-se.

Riley se perguntou…

O que devo fazer com esse cara? Prendê-lo? E ela?

Parecia uma perda de tempo e energia. Além disso, ela e Jilly podiam ficar presas ali em Phoenix durante dias para apresentar queixa contra ele.

Enquanto tentava se decidir, ouviu a voz de Jilly atrás dela…

"Mamãe, olha!"

Riley se virou e viu Jilly segurando um pequeno cão de orelhas grandes em seus braços.

"Você poderia deixar esse ex-pai ir" Disse Jilly, com um sorriso travesso. “Afinal, ele trouxe meu cachorro de volta. Não foi legal?”

"Isso…" Riley balbuciou espantada, tentando lembrar o nome do filhote de cachorro que Jilly tinha falado.

"Este é o Darby" Disse Jilly com orgulho. "Agora pode ir para casa com a gente."

Riley hesitou por um longo momento, então sentiu seu rosto se abrir em um sorriso.

Olhou para os guardas e disse, “Lide com esse cara como quiser. E com a namorada dele também. Minha filha e eu temos um avião para pegar.”

Riley levou Jilly e o cachorro para longe dos seguranças perplexos.

"Vamos" Disse ela para Jilly. “Temos que encontrar uma transportadora de animais de estimação. E explicar isso para a companhia aérea.”

CAPÍTULO SETE

Quando seu avião aterrou em DC, Riley estava sentada com Jilly aconchegada em seu ombro, cochilando. Até o cachorrinho, nervoso e chorão no início do vôo, se acomodara rapidamente. Darby estava enrolado e dormindo em silêncio na transportadora que compraram apressadamente da companhia aérea. Jilly explicou a Riley que Barbara Long a abordara do lado de fora do banheiro e a convencera a ir com ela para pegar Darby, alegando que odiava cachorros e queria que Jilly ficasse com ele. Quando chegou ao carro, Barbara empurrou-a para dentro e trancou as portas, e arrancaram.

Agora que toda a provação acabara, Riley se viu pensando novamente sobre aquele telefonema estranho de Morgan Farrell na noite passada…

"Eu matei o filho da mãe" Dissera Morgan.

Riley ligou para a polícia de Atlanta imediatamente, mas não tinha notícias desde então e não teve tempo de checar e descobrir o que tinha acontecido.

Ela se perguntou – Estaria Morgan a dizer a verdade ou Riley tinha mandado a polícia a um alarme falso?

Morgan estava agora sob custódia?

Toda a ideia da mulher de aparência frágil matando uma pessoa ainda parecia muito difícil de acreditar para Riley.

Mas Morgan tinha sido muito insistente.

Riley lembrou-se dela dizendo…

"Eu estou olhando para o corpo dele deitado na cama, e ele tem ferimentos de faca, e sangrou muito."

Riley sabia muito bem que mesmo as pessoas mais amigáveis e improváveis poderiam ser levadas a extremos violentos. Isso geralmente acontecia por causa de alguma reviravolta em sua própria constituição, algo reprimido e oculto que explodia sob circunstâncias extremas, levando-os a cometer atos aparentemente desumanos.

Morgan também disse a ela, "Eu tenho sido bastante drogada ultimamente".

Talvez Morgan tivesse apenas fantasiado ou alucinado a coisa toda.

Riley lembrou a si mesma…

O que aconteceu, não é da minha conta.

Era hora de se concentrar em sua própria família, que agora incluía duas filhas – e para surpresa de Riley, um cachorro.

E não era hora de voltar ao trabalho?

Mas Riley não pôde deixar de pensar que depois dos dramas de tribunais e aeroportos daquele dia, talvez merecesse um bom descanso. Não deveria tirar mais um dia de folga antes de voltar para Quantico?

Riley suspirou quando percebeu…

Provavelmente não.

Seu trabalho era importante para ela. Ela pensou que poderia ser importante para o mundo em geral. Mas então, pensar dessa maneira a preocupava. Que tipo de mãe trabalhava todos os dias perseguindo os monstros mais cruéis, às vezes encontrando mais do que um pouco de monstro em si mesma no processo?

Ela sabia que às vezes não conseguia evitar levar seu trabalho desagradável para casa, às vezes até da pior maneira possível. Seus casos algumas vezes colocavam a vida de pessoas que ela amava em perigo.

Mas é o que eu faço, Pensou.

E no fundo, ela sabia que era um bom trabalho que precisava ser feito. De alguma forma, ela devia às filhas continuar fazendo isso – não apenas para protegê-las dos monstros, mas também para mostrar como os monstros podiam ser derrotados.

Ela precisava continuar sendo um exemplo para elas.

É melhor assim, Pensou.

Quando o avião parou na pista, Riley deu uma pequena sacudida em Jilly.

"Acorde, dorminhoca" Disse ela. "Chegámos."

Jilly resmungou um pouco e depois seu rosto se abriu em um sorriso quando viu o cachorro. Darby tinha acabado de acordar e estava olhando para Jilly e abanando a cauda alegremente.

Então Jilly olhou para Riley com alegria em seus olhos.

"Nós conseguimos mesmo, não é mamãe?" Disse. "Nós ganhamos."

Riley abraçou Jilly com força e disse, “Claro que sim, querida. Você é realmente e verdadeiramente minha filha agora, e eu sou sua mãe. E nada vai mudar isso.”

*

Quando Riley, Jilly e o cachorro chegaram a sua casa, April estava esperando por eles bem na porta. Lá dentro estavam Blaine, o namorado divorciado de Riley e sua filha de quinze anos, Crystal, que também era a melhor amiga de April. A governanta guatemalteca da família, Gabriela, ficou observando por perto.

Riley e Jilly tinham relatado suas boas novas de Phoenix e tinham ligado novamente quando aterraram e estavam a caminho de casa, mas Riley não mencionara o cachorinho. Estavam todos lá para dar as boas-vindas a Jilly, mas depois de um momento, April se inclinou para olhar a transportadora que Riley tinha colocado no chão.

"O que é isso?" Perguntou.

Jilly apenas riu.

"É algo vivo" Disse Crystal.

Jilly abriu o topo da transportadora e lá estava Darby, com os olhos arregalados e um pouco preocupado com todos os rostos que o cercavam.

"Meu Deus, meu Deus, meu Deus!" Cristal gritou.

"Nós temos um cachorro!" April gritou. "Nós temos um cachorro!"

Riley riu ao lembrar como April parecia calma quando tinham conversado na noite anterior. Agora toda aquela maturidade adulta desaparecera de repente e April agia como uma menininha novamente. Era maravilhoso de ver.

Jilly tirou Darby da transportadora. Não demorou muito para o cachorrinho começar a aproveitar toda a atenção.

Enquanto as garotas continuavam se agitando ruidosamente sobre o cachorro, Blaine perguntou a Riley, “Como correu? Está tudo realmente resolvido?”

"Sim" Disse Riley, sorrindo. "Acabou mesmo. Jilly é legalmente minha.”

Todo mundo estava muito animado com o cachorro para falar sobre a adoção no momento.

"Qual é o nome dela?" April disse, segurando o cachorro.

"Darby" Disse Jilly a April.

"Onde você conseguiu ela?" Crystal perguntou.

Riley riu e disse, “Bem, isso é uma história e tanto. Nos dê alguns minutos para nos acomodarmos antes de contar.”

"De que raça é ela?" Perguntou April.

"Parte Chihuahua, acho" Disse Jilly.

Gabriela tirou o cachorro das mãos de April e examinou-a com cuidado.

"Sim, um pouco de Chihuahua, e tem outros tipos de cachorro nela" Disse a mulher corpulenta. "Qual é a palavra em Inglês para uma mistura de cães?"

"Um vira-lata" Disse Blaine.

Gabriela assentiu sabiamente e disse, “Sim, você tem um verdadeiro vira-lata aqui – auténtico, a coisa real. Um vira-lata é o melhor tipo de cachorro. Este ainda tem um pouco a crescer, mas vai ficar bem pequena. ¡Bienvenidos! Darby ¡Nuestra casa es tuya también! Esta é a sua casa também!”

Ela entregou o cachorrinho a Jilly e disse, “Ela precisará de um pouco de água agora e comida quando tudo se acalmar. Tenho algumas sobras de frango que podemos lhe dar mais tarde, mas teremos que comprar comida de cachorro de verdade em breve.”

Seguindo as instruções de Gabriela sobre como montar um canto para Darby, as meninas correram para o quarto de Jilly para arrumar uma cama e colocar jornais velhos para o caso de ela precisar ir ao banheiro durante a noite.

Enquanto isso, Gabriela colocava comida na mesa – um delicioso prato guatemalteco chamado pollo encebollado, frango com molho de cebola. Logo todos se sentaram para comer.

Ele próprio chef e dono de restaurante, Blaine elogiou a refeição e perguntou a Gabriela tudo sobre o prato. Então a conversa se voltou para tudo o que aconteceu em Phoenix. Jilly insistiu em contar toda a história. Blaine, Crystal, April e Gabriela estavam todos de boca aberta enquanto ouviam falar da cena selvagem no tribunal e depois da ainda mais selvagem aventura no aeroporto.

E, claro, todos ficaram encantados ao ouvir falar sobre o novo cão que tinha entrado em suas vidas.

Somos uma família agora, Pensou Riley. E é ótimo estar em casa.

Também seria ótimo voltar a trabalhar amanhã.

Após a sobremesa, Blaine e Crystal foram para casa, e April e Jilly foram para a cozinha para alimentar Darby. Riley serviu-se de uma bebida e sentou-se na sala de estar.

Ela se sentiu relaxando mais e mais. Realmente tinha sido um dia louco, mas agora tinha terminado.

O telefone dela tocou e viu que a ligação era de Atlanta.

Riley sentiu um choque. Poderia ser Morgan novamente? Quem mais estaria ligando de Atlanta?

Pegou o telefone e ouviu a voz de um homem. “Agente Paige? Meu nome é Jared Ruhl e sou policial aqui em Atlanta. Consegui seu número no quadro telefônico de Quantico.”

"O que posso fazer por você, policial Ruhl?" Perguntou Riley.

Com uma voz hesitante, Ruhl disse, “Bem, não tenho certeza, mas… acho que você sabe que prendemos uma mulher pelo assassinato de Andrew Farrell na noite passada. Era sua esposa, Morgan. Na verdade, você não foi a pessoa que ligou?”

Riley estava se sentindo nervosa agora.

"Fui" Disse.

"Eu também ouvi que Morgan Farrell ligou para você logo após o assassinato, antes de ligar para qualquer outra pessoa."

"É verdade."

Um silêncio caiu. Riley sentiu que Ruhl estava lutando com o que queria dizer.

Finalmente disse, "Agente Paige, o que sabe sobre Morgan Farrell?"

Riley olhou com preocupação. Disse: "Policial Ruhl, não tenho certeza se é apropriado comentar. Eu realmente não sei nada sobre o que aconteceu e não é um caso do FBI.”

"Compreendo. Desculpe, acho que não deveria ter ligado…”

Sua voz sumiu.

Então ele acrescentou, “Mas Agente Paige, eu não acho que Morgan Farrell seja culpada. Que tenha assassinado o marido, quero dizer. Eu sou novo neste trabalho e sei que tenho muito a aprender… mas não me parece que ela seja do tipo que poderia fazer isso."

Riley ficou surpresa com aquelas palavras.

Ela certamente não se lembrava de Morgan Farrell como sendo o "tipo" que poderia cometer assassinato. Mas tinha que ter cuidado com o que dizia a Ruhl. Não tinha certeza se deveria estar tendo aquela conversa.

Perguntou a Ruhl, "Ela confessou?"

“Disseram-me que sim. E todo mundo acredita em sua confissão. Meu parceiro, o chefe de polícia, o PD – absolutamente todo mundo. Exceto eu. E eu não posso deixar de me perguntar, você…?”

Não terminou sua pergunta, mas Riley o que ficara por dizer.

Ele queria saber se Riley acreditava que Morgan era capaz de matar.

Lenta e cautelosamente, ela disse, “Policial Ruhl, agradeço sua preocupação. Mas realmente não é apropriado para mim especular sobre nada disso. Presumo que seja um caso local e, a menos que o FBI seja chamado para ajudar na investigação, bem… francamente, não é da minha conta.”

"Claro, minhas desculpas" Disse Ruhl educadamente. “Eu devia ter calculado. De qualquer forma, obrigado por atender minha ligação. Eu não vou incomodá-la novamente.”

Terminou a ligação e Riley ficou olhando para o telefone, tomando sua bebida.

As garotas passaram por ela, seguidas de perto pelo cachorrinho. Estavam todos a caminho da sala da família para brincar, e Darby parecia muito feliz.

Riley observou-os a passar com um profundo sentimento de satisfação. Mas então as lembranças de Morgan Farrell começaram a se intrometer em sua mente.

Ela e seu parceiro, Bill Jeffreys, tinham ido à mansão dos Farrell para entrevistar o marido de Morgan sobre a morte de seu próprio filho.

Lembrou-se de como Morgan parecia quase fraca demais para ficar de pé, agarrada ao corrimão da imensa escada enquanto o marido a exibia como se ela fosse algum tipo de troféu.

Ela se lembrou do olhar de terror vago nos olhos da mulher.

Ela também se lembrava do que Andrew Farrell havia dito sobre ela assim que ela ficou fora do alcance da voz…

"Uma modelo bastante famosa quando me casei com ela – talvez você a tenha visto em capas de revistas."

E em relação à juventude de Morgan, acrescentou…

“Uma madrasta nunca deve ser mais velha que os filhos mais velhos do marido. Tratei disso com todas as minhas esposas.”

Riley agora sentia o mesmo arrepio que sentira naquela época.

Morgan obviamente tinha sido nada mais do que uma bugiganga cara para Andrew Farrell se exibir em público – não um ser humano.

Finalmente, Riley lembrou o que acontecera com a anterior esposa de Andrew Farrell.

Ela tinha cometido suicídio.

Quando Riley tinha dado a Morgan seu cartão do FBI, estava preocupada que a mulher pudesse ter o mesmo destino – ou morrer sob outras circunstâncias sinistras. A última coisa que imaginara era que Morgan mataria seu marido ou qualquer outra pessoa.

Riley começou a sentir um formigueiro familiar – o tipo de formigueiro que sentia sempre que seus instintos lhe diziam que as coisas não eram o que pareciam.

Normalmente, esse formigueiro era um sinal para ela investigar o assunto mais profundamente.

Mas agora?

Não, não é da minha conta, Disse a si mesma.

Ou era?

Enquanto se interrogava, o telefone tocou novamente. Desta vez viu que a ligação era de Bill. Mandou uma mensagem para ele dizendo que tudo estava bem e que estaria em casa naquele dia à noite.

"Oi, Riley" Disse ele quando ela atendeu. “Apenas checando. Então tudo deu certo em Phoenix?”

"Obrigada por ligar, Bill" Respondeu. "Sim, a adoção é final agora."

"Espero que tudo tenha corrido sem problemas," Bill perguntou.

Riley não pôde deixar de rir.

"Não exatamente" Disse ela. "De fato, longe disso. Houve alguma violência envolvida. E um cachorro.”

Ouviu Bill rir também.

“Violência e um cachorro? Estou intrigado! Me conte mais!"

"Conto quando nos encontramos" Disse Riley. "É mais interessante se contar pessoalmente."

"Estou ansioso. Então nos vemos amanhã em Quantico.”

Riley ficou em silêncio por um momento enquanto se sentia à beira de uma estranha decisão.

Disse a Bill, "Não me parece. Acho que vou tirar mais alguns dias de folga.”

“Bem, você certamente merece isso. Parabéns novamente."

Terminaram a ligação e Riley subiu para o seu quarto. Ligou o computador.

Então reservou um voo para Atlanta para a manhã do dia seguinte.

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399
599 ₽
Возрастное ограничение:
16+
Дата выхода на Литрес:
09 сентября 2019
Объем:
253 стр. 6 иллюстраций
ISBN:
9781094303604
Правообладатель:
Lukeman Literary Management Ltd
Формат скачивания:
epub, fb2, fb3, ios.epub, mobi, pdf, txt, zip

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