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CHRISTINE

Estou zangada. Falhei com o Steve e a sua banda.

Respiro fundo umas poucas vezes e começo a relaxar. Conseguir a banda de uma organizadora de casamentos é apenas uma parte do seu negócio. Há muitas mais partes para atacar. No entanto, meto de lado o pensamento de outras partes do negócio enquanto penso no conceito de ‘murmurador de casamento’ que o Steve deixou escapar.

Sei que há algo importante nisso. Por enquanto, flutua para além do meu domínio mental como um burro a olhar para um castelo. Tenho de admitir que é uma ideia genial e devia estar a pensar em fazê-lo também. Mas há algo mais sobre isso que penso que é muito mais importante do que simplesmente copiar a ideia.

Pego no folheto que tirei da cabine da Viola e estudo-o. Não há uma única palavra no folheto sobre um murmurador de casamento. Nada que sequer lhe faça alusão como serviço.

Verifico o seu website de novo. Nada. Em lado nenhum. Os testemunhos não dizem nada sobre isso. Como é que ela consegue manter isso em segredo? Certamente os clientes devem ficar impressionados com o valor acrescentado?

Porque é que os clientes o manteriam em segredo? Não é possível. A não ser...

A não ser o quê? Sei que está lá, mas simplesmente não consigo lá chegar. Frustrada, finalmente ponho-o de lado e foco-me em outros trabalhos que tenho para fazer.

A minha assistente entra no meu escritório e decido fazer ricochetear a ideia.

“Lacy?”

“Sim?”

"Quero partilhar algo contigo. Uma ideia para possivelmente melhorar o nosso serviço e para nos diferenciar de outros organizadores de casamentos.”

“Okay,” Lacy diz enquanto se senta à minha frente. “O quê?”

“Um murmurador de casamento.”

“O quê?” Lacy pergunta, não compreendendo o que estou a dizer.

“Um murmurador de casamento. Uma pessoa que contrato para encorajar a noiva ou noivo a pôr de lado o seu medo de última hora de se casarem e para seguirem em frente com o casamento.”

“Por que raio quererias fazer isso?” Lacy pergunta.

“Porque os clientes desembolsam muito dinheiro num casamento. Dinheiro que perdem se a noiva ou o noivo decidirem deixar o outro de pé no altar. Esta pessoa ajudá-los-ia a ultrapassar o seu medo e a caminhar até ao altar de qualquer maneira.”

Lacy abana a cabeça. Ela é conservadora e sei que fiz a coisa certa ao perguntar-lhe. Se alguém terá uma objeção negativa, é ela. Por mais que as suas objeções sejam negativas, fazem sentido na maioria das vezes.

“Nem pensar. Isso é pedir problemas.”

“Problemas? De quem?”

“Chris,” ela diz, usando a versão curta do meu nome. “É perigoso. Uma boa ideia, mas é perigoso. Demasiado perigoso.”

“Porque é que dizes que é perigoso?”

Ela inclina-se para a frente, cruza as pernas e pousa os seus cotovelos nos seus joelhos. Por sua vez, ela descansa o queixo na mão, como sempre faz quando está prestes a fazer uma observação muito importante. “O que acontece se este murmurador de casamento fala com a noiva ou noivo, convence-os a casarem-se e poucos meses ou anos depois, eles divorciam-se?”

“Não tenho a certeza se compreendo, Lacy.”

“Bem, as pessoas ficam bastante rudes quando se divorciam. Precisam de alguém para culpar. Precisam de pôr a sua raiva em alguém e se puderem dizer que se casaram porque se sentiram pressionados a fazê-lo devido a um murmurador de casamento, então diria que terias imensos advogados a baterem-te à porta muito rapidamente.”

Absorvo o que a Lacy acabou de me dizer. Sei que ela tem razão e, na minha mente, finalmente começa tudo a fazer sentido.

Aceno em compreensão. “Obrigada, Lacy. Isso faz sentido. Posso contar sempre contigo.”

“É por isso que aqui estou,” ela sorri.

“É tudo por agora.”

Lacy levanta-se e sai do meu escritório.

Quase salto de alegria. Não acredito que não vi as possibilidades do que ela acabou de me dizer. Olho para o folheto de novo. Nada. Nem uma única palavra sobre um murmurador de casamento.

E agora sei porquê. É uma bomba à procura do detonador e de um lugar para ser acionada. Qualquer casamento podia ser o lugar e o detonador.

Rio com alegria.

Sei o que preciso de fazer.

VIOLA

Receio.

Não, não estou a falar do tipo de receio de quando estamos prestes a fazer um teste ou a experienciar algo de novo ou a fazer uma apresentação em frente a desconhecidos.

Estou a falar do outro tipo de receio.

O pior tipo.

O tipo de receio que algumas mulheres e, em menor medida, alguns homens têm antes dos seus casamentos. Sim, esse tipo.

O meu maior ódio. Porquê? Porque na minha linha de trabalho, pode arruinar tudo.

Qual é a minha linha de trabalho?

Sou uma organizadora de casamentos. Qualquer organizador de casamentos odeia e tem medo dos receios. Podem descarrilar tudo. O dia inteiro. Podem arruinar uma pessoa financeiramente e a sua reputação também.

Mas já estou nesta área há algum tempo e aprendi da maneira mais dura. Quando se tem cancelamentos suficientes devido ao receio, tornamo-nos duros. Torna-se um assunto de sobrevivência, assim como de fazer o que se gosta.

Agora insisto em depósitos não reembolsáveis da parte dos clientes. Eles assinam um contrato quando me contratam e aceitam que irão perder o seu dinheiro arduamente ganho se se atrevem a cancelar. O depósito cobre o aluguer do local, as decorações, os bolos, os fornecedores, o mobiliário e as tendas, o fotógrafo, a banda, e absolutamente tudo o que preciso de cobrir.

Fui um passo mais longe com o meu serviço. Incluo uma conselheira que dá conselhos de último minuto se a noiva ou noivo ficam com receio. Eles não sabem que a pessoa com quem estão a falar é uma conselheira. A conselheira faz a sua magia e mantém as coisas dentro do plano.

Sou a melhor. Não só no que diz respeito aos clientes, mas também no que diz respeito aos meus fornecedores. Eles sabem que serão pagos mesmo que o evento não aconteça.

Estou inundada com clientes e até atrasam os seus casamentos para que eu possa ser a organizadora deles. Não me estou a gabar, estou apenas a dizer como as coisas são.

Para mim, não se trata do aspeto comercial. Há algo em ver um casal a caminhar para o altar até àquele momento em que se comprometerão um com o outro perante Deus e todas as pessoas presentes. Ver o amor e preocupação nos seus olhos e o seu beijo e as celebrações que se seguem. Adoro isso. Adoro ver um casal apaixonado e feliz. É por isso que o faço. Ajudo casais a tornarem um sonho realidade com o seu dia de casamento.

Mas, neste momento, estou à espera com a respiração suspensa. É o início da tarde de Sábado.

O noivo está à espera na igreja e a noiva ainda nem sequer saiu de sua casa. A conselheira está a fazer o seu melhor, mas esta é a mais difícil até agora.

Estou a começar a pensar que irei perder o primeiro casamento depois de imenso tempo. Vejo o meu historial de afastar o receio de noivas e noivos a ameaçar acabar aqui e agora. O noivo está agitado, assim como as pessoas na igreja.

Espero com a respiração suspensa pela mensagem para me atualizar.

O meu telemóvel toca. A noiva está a caminho.

Digo uma oração silenciosa de agradecimento e solto um suspiro de alívio. Pego no walkie-talkie e falo com a minha equipa. “A noiva está a caminho. Metam-se nas vossas posições, por favor.”

Recebo confirmações trémulas da equipa e vou para dentro para dizer ao noivo que a noiva está a caminho. Minto-lhe e digo que o trânsito esteve congestionado devido a um acidente. É normalmente essa a história que lhes conto. A noiva, ou noivo, quem quer que seja que ficou com receio, é sempre informado do que dizer de antemão. Na medida do possível, ninguém quer admitir que teve receio no dia do seu casamento. Não é assim que se deve começar um casamento. Podem resolver isto mais tarde se os noivos quiserem dizer ao seu novo cônjuge a verdadeira razão do seu atraso.

A viagem até à igreja não é longa e felizmente o carro da noiva chega em breve. A noiva sai do carro e o órgão começa a tocar enquanto ela entra na igreja com as meninas das flores e a dama de honra atrás dela.

O noivo observa-a e a sua cara ilumina-se com felicidade. Ele não consegue ver a cara dela muito bem devido ao véu. Espero que a noiva não esteja a mostrar o seu medo. A minha conselheira saiu do carro quando eles chegaram. Devia ter sido mau se a conselheira teve de vir no carro da noiva até à igreja.

Preocupa-me que ela ainda possa, nesta altura, recuar, mas felizmente não o faz. Digo outra oração de agradecimento quando ela diz “sim” e beija o seu marido.

Espero lá fora enquanto o casal recém-casado sai da igreja. Convidados e benfeitores espalham confettis e sorriem enquanto o casal desce as escadas da igreja e sobe para a carruagem à espera.

Conseguimos chegar até aqui, penso com alívio. Agora é a parte da receção, que espero que se realize sem qualquer problema. O casal irá tirar fotografias mesmo antes da receção, então tenho tempo de almoçar e reagrupar com a equipa.

Enquanto me viro para voltar a entrar na igreja, reparo nele pela primeira vez. Paro enquanto o observo.

Ele é magro e musculado. Não demasiado musculado mas claramente passa algum tempo no ginásio. O seu cabelo é negro e curto, mas não de estilo militar. Os seus olhos azuis brilham e o seu maxilar forte tem a proporção correta. Dentes brancos brilham com o seu sorriso e tudo sobre ele diz “eu sou o responsável”.

Ele pode ser responsável por mim em qualquer dia, penso enquanto o admiro. Ele está a olhar para o casal recém-casado mas deve ter sentido o meu olhar nele, porque se vira e os nossos olhos encontram-se durante o mais breve dos momentos. Coro e olho para longe rapidamente enquanto molho as cuecas.

Não vi que ele estava com alguém, e questiono-me onde está a sua parceira. Certamente, ele não pode estar neste casamento sozinho? Não alguém tão bonito como ele!

Sinto os seus olhos em mim, mas resisto à tentação de olhar para ele de novo. Espero até o casal já estar na estrada dentro da carruagem de casamento e depois clico no meu walkie-talkie e convoco a equipa para uma reunião.

Encontramo-nos na igreja, onde almoçamos. No meu negócio, tenho imensos contactos. Um deles é um fornecedor que utilizo regularmente para a alimentação. Eles não são caros e a comida é sempre boa. Também sabem que comida é necessária para cada membro da equipa, por isso não tenho de me preocupar que alguém possa errar no pedido. Torna tudo muito mais fácil. Mais uma parte da máquina bem arranjada do meu negócio de organizadora de casamentos.

O catering também nos permite comer algures longe das multidões num restaurante sem distrações. Podemo-nos focar no que precisa de ser feito e adaptar o nosso plano de qualquer forma, sem interferências.

A equipa confirma que estão prontos para o papel que irão desempenhar na receção. O fotógrafo é o único ausente visto ter um dia cheio com a noiva e noivo.

A banda confirma que estão prontos com o seu equipamento e que irão para o local da receção depois do almoço para começar a preparar as coisas e a testar o equipamento.

Verifico a minha lista e risco os itens um por um enquanto os membros da equipa confirmam que a sua parte no ‘espetáculo’ está pronta para ir.

Serviço de buffet. Feito. Banda. Feito. Decorações. Feito. Flores. Feito. MC (mestre de cerimónias). Feito. A lista continua e cada item está verificado.

Termino a lista e toda a gente continua a comer.

A Ashley aproxima-se de mim. Ela é a conselheira que uso quando a noiva ou noivo ficam com receio. Nunca espero que ela fique por cá depois do casamento. O trabalho dela está basicamente feito depois de o casal dizer ‘sim’.

“Ashley,” sorrio e abraço-a. Trabalhamos juntas há algum tempo e já somos boas amigas.

“Fizeste um ótimo trabalho, como sempre,” sorrio quando nos afastamos e olho para ela.

Ashley olha para a equipa rapidamente e depois de volta para mim. “Podemos falar, em privado?”

Sinto preocupação na sua voz e aceno com a cabeça. “Claro. Vamos lá para dentro.” Entramos na igreja por uma porta lateral e sentamo-nos num banco, uma ao lado da outra.

“O que foi?” pergunto a Ashley.

Ashley olha para mim. “Esta foi a sessão mais difícil de sempre,” ela diz. “Não sei se fiz o mais acertado.”

Franzo as sobrancelhas em confusão, “O que queres dizer com não sabes se fizeste o mais acertado?”

Ashley afasta uma mecha de cabelo preto do seu rosto e continua, “Compreendo que as pessoas às vezes ficam com receio, e sei que é o meu trabalho ajudá-las a ultrapassá-lo para que o casamento corra bem. Mas por vezes há mais razões para os seus receios do que o simples facto de estarem com receio. Nunca ninguém me tinha dado uma razão antes, mas hoje a noiva deu-me uma.”

“Não tenho a certeza se compreendo,” digo.

Ashley parece que está prestes a chorar e abre a boca para continuar, mas acaba por a fechar.

“Está tudo bem?” uma voz pergunta atrás de mim.

Viro-me e vejo o padre que casou os noivos.

“Sim, padre,” digo, levantando-me por respeito. “A Ashley está apenas emocionada por ver a sua irmã casada.” Estava à espera de que ele me apanhasse numa mentira, mas não aconteceu.

“Desde que sejam emoções felizes,” o padre sorri.

“Não podia estar mais de acordo,” sorrio. Ashley simplesmente acena com a cabeça. Sei que ela não confia na sua voz uma vez que parece que está prestes a quebrar por completo.

“Muito bem, então,” o padre diz e toca no ombro de Ashley antes de sair.

Os olhos de Ashley fecham-se e ela começa a soluçar silenciosamente. Sento-me ao seu lado e ponho o meu braço à sua volta. “Não faz mal. Fala comigo. Qual é o problema?”

Ashley chora durante um longo período de tempo e depois finalmente acalma o suficiente, parando de chorar. Dei-lhe todos os meus lenços e ela assoa-se mais uma vez e limpa a sua maquilhagem, que está arruinada. Pelo menos tem tempo de a arranjar antes da receção. Ela não tem de ir, mas normalmente fá-lo.

Ela fica em silêncio por um momento antes de finalmente confiar que a sua voz está estável e me contar o que a deixou tão perturbada. “A noiva ficou com receio porque... porque ela pensa que o noivo a está a trair.”

As palavras atingem-me como um camião. “O quê? Estás a falar a sério?”

Ashley acena com a cabeça e, enquanto começa a chorar de novo, consegue dizer, “Posso ter convencido a noiva a casar com um traidor!”

VIOLA

Nunca tinha visto uma situação como esta. Ashley diz-me que a noiva não tem provas. Ela nem sequer tem a certeza com quem o noivo a possa estar a trair, se está sequer a traí-la.

Acalmo a Ashley o suficiente para ela deixar de chorar e tento fazê-la sentir-se melhor. Relembro-a do trabalho fantástico que tem feito por mim sempre que precisava dela e que tudo tem estado bem. Tento assegurá-la de que hoje tudo ficará bem também. Sugiro que vá para casa em vez de ir à receção, mas ela insiste em ir.

Sinto-me tentada a chamar o noivo para um sítio privado na receção e dizer-lhe o que me contaram, dizendo-lhe para manter o seu pénis nas suas calças pelo menos hoje, falando figurativamente. Mas isso não é da minha conta. Se a noiva está errada e eu abordo este tema, posso ser processada, assim como a Ashley. Provavelmente perderia a minha reputação e o meu negócio, não mencionando o facto de ter que reembolsar o dinheiro que fui paga por este casamento. Poderia fazê-lo, mas isso não interessa. Possivelmente nunca mais teria outro casamento na minha vida.

Não, isto deve continuar assim. Penso positivamente e tento assegurar a Ashley de novo que tudo irá correr bem. Não há mal nenhum em pensar positivamente. Certo?

A Ashley vai para casa para arranjar a sua maquilhagem antes de voltar para a receção. A equipa terminou de almoçar e já foi embora quando fui para fora de novo.

Vou embora em direção a casa, para descansar um pouco e tomar um duche. Arranjo sempre tempo para vir a casa, mudar de roupa e tomar um duche antes da receção. O trabalho de uma organizadora de casamentos não é fácil, e a quantidade de suor que produzo na igreja é inacreditável. Não é possível passar o dia inteiro sem tomar um duche e mudar de roupa.

Pronta para a ‘segunda ronda’, a receção, entro no carro e dirijo para o local. Cheguei cedo, como sempre. A receção está a ser realizada no Bel Air Bay Club.

Entro no edifício e vou até aos jardins, certificando-me de que tudo está a correr de acordo com o plano. Procuro o homem que vi do lado de fora da igreja, mas não parece ter chegado ainda. Mas ainda é cedo, e muitos dos convidados ainda não chegaram.

Não há nenhum contratempo e, além do que a Ashley me disse, acho que a receção vai correr perfeitamente.

O casal de noivos e as suas famílias chegam e são conduzidos até aos jardins. É tempo de tirar as fotografias antes da receção começar.

Observo a noiva e o noivo juntos. A noiva parece feliz. Observo-a e reparo que a sua cara não mostra nada sem ser a aparência de estar feliz. De certeza que foram apenas nervos e paranoia, digo a mim mesma. Agora a noiva está casada e apercebe-se de que não há nada para se preocupar, de todo.

As famílias juntam-se, reúnem-se, cumprimentam-se e falam enquanto esperam pela sua vez de posar nas fotos com o casal feliz. Faz-me sempre feliz ver a união de duas famílias através de um casal feliz. Os casamentos nem sempre duram, mas não penso nisso. O que importa é o dia de hoje e a felicidade que o casal partilha. A noiva parece relaxar e até sorri e ri.

Aí está, penso. Claro, ela foi a noiva mais difícil até agora para a Ashley, mas não há nada com que se preocupar.

As fotografias demoram imenso tempo e, quando terminam, os convidados estão à espera nos seus lugares na área do jardim. Usando o meu walkie-talkie, verifico com toda a gente que estamos ‘prontos’ e recebo confirmação de todos.

Faço o caminho até à mesa mais longe das mesas de honra. Sento-me e volto a analisar as coisas. Está tudo tratado.

A receção começa e o MC tem os convidados a rir enquanto conta histórias sobre os recém-casados e brinca com eles. Daqui para a frente é o MC que dirige o espetáculo. Recebo ordens dele, se necessário, e certifico-me de que aquilo de que ele necessita em qualquer momento é tratado.

A receção não poderia ser melhor. Acho que é uma das melhores até hoje. A Ashley chegou e está sentada na mesa comigo. Asseguro-lhe repetidamente de que tudo está bem e ela parece relaxar.

Enquanto começamos a comer, vejo-o. Ele não me vê e os meus olhos seguem-no enquanto se mistura com os outros convidados, sorrindo e falando apenas com confiança divina. Observo-o porque quero saber se está com alguém, mas nunca o vi com uma parceira.

Questiono-me quem ele é. Não o vi na sessão de fotografias, então duvido que seja família. Deve estar aqui com um convite e questiono-me quem o convidou. Ele vê-me outra vez e sorri. Coro e olho rapidamente para longe, mais uma vez. Sinto a minha cara a ficar vermelha enquanto o vejo a aproximar-se com a minha visão periférica.

Apercebo-me de que ele está a olhar diretamente para mim. Sinto algo molhado nas minhas cuecas de novo enquanto coro. Controla-te! repreendo-me mentalmente. O homem ainda nem sequer falou contigo e já estás a ficar molhada aí em baixo! Provavelmente precisa apenas de sal ou algo do género.

Olho para ele enquanto para ao meu lado. Ele olha para baixo para mim e os seus lábios separam-se num sorriso, revelando brilhantes dentes brancos. Dou-lhe um olhar rápido. Está a usar um fato cinzento com uma camisa branca que parece que foi passada por um rolo compressor. Não tem um único vinco. Está imaculada. Ele usa uma gravata que parece preta na luz. Tem o comprimento certo. O seu fato assenta-lhe perfeitamente. Não é demasiado grande nem demasiado apertado para a sua figura tonificada. Os seus sapatos terminam a sua vestimenta e simplesmente reluzem como se tivessem sido encerados e polidos numa lavagem de automóveis.

Os meus olhos vão até aos dele de novo. Ele ainda está a sorrir. Coro de novo como uma menina que acabou de ter uma conversa com a sua primeira paixoneta da escola secundária.

“Olá. Sou o Rick,” ele diz, oferecendo a sua mão. A sua voz é tão calma, mas tão masculina e firme ao mesmo tempo.

E estou tão molhada. Nenhum homem alguma vez teve este efeito em mim.

Levanto-me para não ter que esticar o meu pescoço para admirar este lindo presente, enviado pelos céus, de um homem. Pego na sua mão e aperto-a sem me aperceber do que estou a fazer. Sinto-me como se não tivesse controlo sobre o meu corpo e como se ele estivesse a agir por sua própria vontade. A sua pele é suave e quente e imagino as suas mãos a passarem pela minha pele nua enquanto coro de novo.

“Sou a Viola,” digo. “Prazer em conhecer-te.”

“Igualmente,” Rick sorri. Ele inclina-se sobre a mesa e oferece a sua mão a Ashley, que a aperta e cora igualmente. Eles cumprimentam-se antes de o Rick se voltar para mim.

“Podemos ir dar um passeio?” ele pergunta.

“Eu… Eu…,” gaguejo. Estou sem palavras e olho desesperadamente para Ashley para ajuda.

Ela está a sorrir e acena, mandando-me para longe com um abano de mão.

“… okay,” consigo dizer.

384,09 ₽
Возрастное ограничение:
0+
Дата выхода на Литрес:
27 августа 2021
Объем:
220 стр.
ISBN:
9788835426790
Переводчик:
Правообладатель:
Tektime S.r.l.s.
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