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Читать книгу: «Guerreiro Místico», страница 5

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Os olhos dela brilharam quando ele estendeu a mão e acariciou seu cabelo. Os fios pareciam seda entre seus dedos. Ele segurou a parte de trás da cabeça dela com a palma da mão.

— Você vai melhorar. Ninguém vai lutar mais para conseguir o antídoto do que eu – prometeu ele, chocado com a sinceridade com que pronunciou cada palavra.

— Confio em você, mas você precisa ficar seguro e voltar para mim – sussurrou Cailyn.

A confiança dela derreteu algo nele. Ninguém havia olhado para ele do jeito que Cailyn olhou. Algo estava acontecendo entre eles e a conexão que ele sentia se intensificou. Incapaz de resistir, ele se inclinou e tocou os lábios nos dela.

Faíscas voaram onde a pele dos dois se tocaram, e ele sentiu o fôlego abandonar o peito. Rapidamente, ele se afastou e viu que Cailyn estava igualmente afetada. Ele desejou que ninguém tivesse testemunhado o beijo. Pertencia a eles e a mais ninguém. Foi o momento mais íntimo que havia compartilhado com uma mulher, e aquilo não tinha nada a ver com sexo.

Capítulo Seis

Ouvir o tique-taque lento do relógio estava matando Jace. Eles não podiam partir até o anoitecer, pois Zander e Bhric iriam se juntar a ele. Ele precisava buscar a cura para Cailyn, mas em vez disso ele se encontrava na sala de guerra discutindo com Kyran sobre Jessie se transformando em algo desconhecido.

Seus punhos cerraram-se ao lado do corpo e a fúria percorreu suas veias. Jace estava para socar o maldito Kyran. O bastardo havia saído com suas vadias no momento em que mais precisavam dele, e agora queria mudar as decisões que o grupo tomou sem ele.

Jessie havia adquirido presas e ansiava por sangue, mas ainda tinha apetite por comida. Não estava claro se ela, por fim, necessitaria apenas de sangue para sua subsistência, como uma escaramuça. O maior alívio para Jace foi que ela não era um drone estúpido e não parecia estar sendo dirigida pelo arquidemônio que a transformou. A ferida da mordida ficou azul, em vez do típico tom negro, e seu sangue permaneceu vermelho, ao contrário do preto tóxico característico.

O mais surpreendente para Jace foi que as ondas cerebrais dela estavam aumentadas além do que qualquer um poderia esperar. Jace e os cientistas estavam animados para aprender mais sobre o que ela estava se transformando, mas Kyran insistia que matassem a pobre garota.

Jace saiu da sala de guerra quando sua paciência atingiu o limite. Perdido em pensamentos, ele parou sobre o chão de mármore da entrada. As portas da entrada estavam na frente dele, com seus intrincados símbolos celtas.

Na mansão que ele chamou de lar por mais de um século, aquela era a característica da qual ele mais gostava. Ele se identificava fortemente com a herança indígena da mãe, mas a porta sempre o aproximava do pai e da parte escocesa de sua ascendência.

Ele, junto com Zander e os outros Guerreiros das Trevas, construíram a casa peça por peça. Foi a irmã de Zander, Breslin, quem teve a ideia de que a entrada da casa representasse um símbolo do legado que todos tinham em comum, unindo-os apesar das diferenças. As portas maciças de mais de três metros levaram muitas semanas para serem esculpidas e continham o sangue de cada guerreiro. Jace e Gerrick usaram esse sangue coletivo para lançar um escudo poderoso e feitiços que cobriam toda a construção e a propriedade circundante, fornecendo, em última análise, a proteção mais forte do reino.

Pensamentos de proteção o fizeram se perguntar se havia uma maneira de manter as mulheres do reino seguras. Foi um golpe ouvir que os arquidemônios estavam mirando em mulheres, e o pensamento de que eles tinham uma maneira de detectar se eram ou não Companheiras Predestinadas era assustador.

Jace entrou na biblioteca e viu Gerrick e Evzen em profunda conversação. Ver Gerrick o fez perceber que as crescentes tensões e ânimos exaltados na casa faziam o mais intratável dos guerreiros parecer desagradável em relação aos outros. Gerrick exibia sua amargura tão abertamente quanto a cicatriz no rosto, mas desde o acidente envolvendo Cailyn e Jessie, ele foi o único que conseguiu empurrar a negatividade para o lado. Estava concentrado e pronto para ajudar. Jace soubera, pouco tempo antes, que a perda da Companheira Predestinada de Gerrick o levou a garantir que ninguém sofresse como ele, e ele apreciava ter o apoio do formidável guerreiro.

Jace deu um tapinha no ombro de Gerrick enquanto atravessava a sala para se aproximar de Evzen.

— Senhor – Jace curvou sua cabeça em deferência a Evzen –, pediu para me ver antes de partirmos?

Evzen inclinou a cabeça, concordando.

— Sim. Sente-se – falou, apontando para os sofás de couro próximos.

Jace se sentou ao lado de Gerrick e contemplou o primo e suas funções no reino. Ele estava prestes a se tornar o Mestre da Guilda até ser sequestrado por Angelica. Durante seu cativeiro, a Grande Guerra levou os pais de Jace e então essa posição caiu para a próxima pessoa na linhagem familiar: Evzen. Inicialmente, Jace ficou irritado por tudo o que lady Angelica havia tirado dele. Agora, sentia-se feliz por Evzen ter desempenhado esse papel, já que ele havia se tornado um dos feiticeiros mais poderosos que o reino já havia conhecido.

Os pensamentos agitados de Jace se voltaram para o assunto em questão enquanto examinava as prateleiras, procurando por um livro que pudesse ajudar. Havia de tudo, desde a história das Valquírias, livros de feitiços e encantamentos de bruxaria, a livros que documentavam vários demônios encontrados durante o desenrolar da guerra.

— Gostaria de lhe fornecer todas as informações que tenho sobre a Sra. Laveau – disse Evzen enquanto se sentava na frente dele. – Marie é uma mulher astuta, perigosa e enigmática. E paranoica como o inferno. Como Rainha Vudu, ela tem muitos inimigos. Diz-se que obteve vários livros contendo feitiços e poções para muitas espécies diferentes, e é assim que ela é capaz de desenvolver e vender suas tinturas. Ninguém, especialmente as fadas, está feliz por ela ter aprendido como conter os encantos deles. Nem é preciso dizer que ela usa tudo que está à disposição para se esconder e se proteger. O deus Kalfu é caprichoso e você pode ter certeza de que, como pai dela, ele aumentou seu arsenal. Você também deve saber que não será capaz de se aproximar dela sem passar por uma de suas “mambos”1. São suas guardiãs. Há rumores de que ela vive nas profundezas dos pântanos, mas ninguém sabe ao certo. Onde quer que viva, estará encantada e protegida por várias camadas de magia e criaturas – explicou Evzen.

Apenas um dia normal na vida de um Guerreiro das Trevas, pensou Jace, com ironia. Ele sabia que Marie era poderosa, mas não que fosse filha de um deus.

— Podemos lidar com magia, mas de que tipo de criaturas estamos falando? – perguntou Jace.

— Não tenha tanta certeza sobre suas habilidades contra os feitiços dela. Embora não use magia negra, ela combina as forças da luz e das trevas, e essa combinação certamente o desafiará. Você e Gerrick precisarão reunir suas energias e usar todos os recursos à disposição – afirmou Evzen.

— Isso não será um problema. Nossas energias estão conectadas há séculos, mas precisaremos de todo o foco para obter sucesso – respondeu Gerrick.

Ele estava certo. Jace precisava manter-se concentrado. Desde que resgatou Cailyn, sua mente permanecia preocupada com ela e ele precisava estar em seu melhor se quisesse ter sucesso.

Instintivamente, o dedo de Jace traçou a lua e o falcão noturno gravado em sua pulseira de prata. O pai lhe dera a Pulseira de Draiocht quando ele passou dos anos de adolescente, e as palavras dele lhe voltaram à mente. O pai havia lhe dito que a pulseira não poderia ser removida uma vez que fosse colocada em seu pulso e que fornecia a Jace um imenso poder. Quando Jace encontrava situações novas ou estressantes, tudo o que tinha que fazer era tocá-la e acessar o que esperava sob a superfície. Infelizmente, quando foi acorrentado na masmorra de Angelica, viu-se incapaz de acessar seu poder. Ele rezou para que ele não lhe faltasse agora.

— Vamos encontrar Zander e Bhric e partir – disse a Gerrick. Estava pronto para viajar.

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* * *

— Droga, Nikko – praguejou Jace para o membro do conselho que pilotava o avião –, você pode voar em uma altitude mais elevada, pelo amor de Deus? – vociferou Jace quando eles atingiram outro bolsão de turbulência e sua náusea aumentou de novo.

Relembrar o breve beijo com Cailyn não ajudava em nada. Ocorreu-lhe que nunca havia se sentido mal por tanto tempo depois de um encontro com uma mulher. Porém, nunca havia ficado tão excitado como estava só de pensar nela. Não ajudava imaginá-la nua e esparramada em sua cama, o que acontecia a cada cinco segundos.

— Cuidando disso, Jace. Ei, alguém pode me trazer um daqueles sanduíches e uma bebida? – gritou Nikko, da cabine.

Nikko era um dos homens mais calmos que Jace conhecia, razão pela qual era o mais adequado para treinar novos Guerreiros das Trevas.

Aye, mas tudo que se consegue é uma Coca, porque você fez uma droga de trabalho ao estocar o bar. O que deu em você? Você sabia que ficaríamos no avião por várias horas – disse Bhric enquanto se reclinava nos assentos de couro claro.

— Dane-se, beberrão. Faça você mesmo da próxima vez – provocou Nikko.

Jace apostaria seu último dólar que Zander disse a Nikko para remover todo o álcool do avião, dada a tendência de Bhric de abusar. Esperando acalmar o estômago, Jace se levantou e foi até a geladeira e pegou um refrigerante.

— Farei. E, quando isso acontecer, vou trazer algumas meninas junto com a bebida. Por que ainda temos uma cama lá atrás, se não posso colocar uma ninfa disposta sobre ela? – rebateu Bhric.

Jace também pegou um sanduíche e entregou a Nikko antes de se sentar de novo. Incapaz de relaxar, ele cruzava e descruzava suas pesadas botas até o joelho, puxando um fio solto de sua calça jeans desbotada. O suor escorreu pela espinha e o coração disparou quando imagens dele usando aquela cama com Cailyn encheram sua imaginação hiperativa. Queria dar um soco no rosto de Bhric por colocar ideias em sua cabeça. Culpava erroneamente o homem, mas não dava a mínima.

Precisando de uma distração, ele repassou os preparativos em sua mente.

— Quem vai nos encontrar quando pousarmos? – perguntou a Zander.

Zander terminou de comer e jogou o lixo em uma lata de canto.

— Aison e Luke nos encontrarão em Lakefront e nos levarão até a Mansão Les Augres.

Jace sorriu ao ouvir o nome do complexo dos Guerreiros das Trevas de Nova Orleans. Não tivera a oportunidade de ir lá havia pelo menos um século.

— Eu digo que devemos ir direto para as lojas de vudu que Micah pesquisou, não para a mansão – propôs Gerrick.

Jace apreciava como Gerrick ficava focado nas missões. O guerreiro era a personificação de foco implacável e determinação.

Jace queria acabar com tudo aquilo e voltar para Cailyn. Curiosamente, já sentia falta dela. De seu cheiro… seu corpo. Queria mais de Cailyn. O beijo que havia roubado foi uma provocação. Queria percorrer os lábios e língua por sua boca, até o pescoço e mais abaixo, nos seios, e então ainda mais abaixo, em seu sexo.

Ele imaginou a cabeça dela jogada para trás com os olhos bem fechados, enquanto as costas se arqueavam em seu orgasmo. Ela gritaria seu nome? Cailyn seria algo digno de ser apreciado quando ele a colocasse embaixo dele. Seu pênis endureceu, provocando mais náuseas, lembrando-o do motivo pelo qual aquela pequena fantasia estava destinada a permanecer apenas assim… uma fantasia. Mas ele ainda queria mais do que tudo desfrutar daquela visão erótica.

Nunca estivera tão amargo ou irritado com a tortura de lady Angelica. Pela milionésima vez, considerou caçar lady Angelica e rasgá-la em pequenos pedaços. Sabia que não o faria e odiava não entender o que o impedia.

Depois que Zander o resgatou seis séculos antes, ele planejou se vingar da tortura que sofreu nas mãos dela. Inúmeras vezes, delineou sua estratégia, mas algo o impedia cada vez que tentava agir. Questionou-se se havia magia em jogo, mas rejeitou a ideia porque não conseguia detectar nada. Por fim, deixou o passado para trás e se concentrou no presente.

— Concordo com Gerrick. Temos os nomes de algumas lojas de vudu. Acho que não devemos postergar e que precisamos começar por lá assim que pousarmos. Vai levar algum tempo até encontrar uma mambo autêntica e convencê-la a revelar a localização de Marie – sugeriu Jace, enquanto se remexia, inquieto, no assento.

— Parece bom, mas vou chamar Aison e garantir que ele leve bebida e bolinhos para o aeroporto. E que ligue para uma ou duas moças, para mais tarde – disse Bhric, entre mordidas no sanduíche. – Eu, pelo menos, preciso ficar bêbado e, depois, fazer sexo.

— Cara, por que você sempre se deixa levar pelo seu pau? – zombou Gerrick.

— Porque meu pau geralmente me leva… direto para Annwyn2 – gargalhou Bhric, enquanto um grande sorriso se espalhava pelo rosto.

Jace revirou os olhos ao ouvir o senso de humor impetuoso de Bhric. Aquela seria uma longa viagem.

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* * *

— De jeito nenhum! Você não vai sair – insistiu Orlando. – Você ouviu o que Zander disse.

Elsie ergueu as mãos, exasperada. Não estava mais indefesa. Era uma vampira forte e tinha uma amiga com quem precisava conversar.

— Estou indo, Orlando. Zander não pode ditar tudo que faço. Posso me proteger. Matei escaramuças antes de vocês aparecerem na minha vida e agora sou uma vampira poderosa. Você sabe que posso vencer algumas lutas. Isso é importante para mim. Preciso contar a Mack sobre os perigos que os SOVA estão correndo. Eu me importo com ela e com os outros, mais do que você imagina. Além disso, é mais provável que ela me escute – disse Elsie enquanto subia ao volante do Denali de Rhys.

Ela gritou quando Rhys a pegou no colo e a jogou no banco do passageiro.

— Ao contrário de O., entendo que você está saindo, mas vou dirigir, docinho. É assim que trabalho – ronronou Rhys, com insinuações escorrendo de cada palavra.

Foi fácil para Elsie ignorar as insinuações do cambion porque quase todos os comentários que ele fazia eram de natureza sexual. Ele era assim.

Ela revirou os olhos.

— Você é um chauvinista, mas obrigada. Não queria ir sozinha – respondeu Elsie.

— Você é a mulher mais teimosa que já conheci – resmungou Orlando, enquanto pulava no banco de trás. – Acabei de voltar às boas graças de Zander. Ele vai me matar ou remover partes vitais do corpo. Gosto das partes do meu corpo onde estão, muito obrigado.

Ela olhou para trás e riu ao notar a careta que Orlando fazia enquanto segurava sua virilha de forma protetora.

— Não se preocupe, vou garantir que elas fiquem onde estão – prometeu ela.

A porta da garagem se abriu de repente e Kyran entrou. Droga, ela queria ir embora antes que ele voltasse. Ele não hesitaria em acorrentá-la para mantê-la em casa. Ela mordeu o lábio quando ele correu o carro e bateu na janela.

— Então, para onde vamos? – perguntou Kyran, encontrando o olhar de Elsie.

— Vou me encontrar com Mackendra do SOVA…

Orlando a interrompeu.

— Ela insiste em deixar o complexo.

Elsie o ignorou e continuou falando:

— …para que possa informá-la sobre a morte de sua amiga e avisá-la sobre o perigo e o envolvimento da polícia…

A voz de Orlando se elevou acima da dela, tentando abafar suas palavras, continuando:

— Ela não vai dar ouvidos à voz da razão ou deixar que eu e Santiago lidemos com isso.

Novamente, ela ignorou Orlando.

— E eles estão indo para me proteger. Quer se juntar a nós? – terminou ela, imaginando que não iria vencer Kyran, dada a proteção de seu cunhado. Além disso, não faria mal ter mais guerreiros com ela.

Rhys riu do gemido de Orlando quando Kyran concordou e silenciosamente subiu no banco de trás. O ar ficou mais pesado no silêncio do veículo, quando eles saíram do complexo. Os três homens corpulentos ocupavam todo o espaço livre do veículo. Elsie se sentiu claustrofóbica com eles ao seu redor e abaixou a janela, deixando entrar ar fresco.

Kyran finalmente quebrou o silêncio enquanto seguiam pela cidade.

— Então, qual é o plano?

— Vou encontrar minha amiga Mackendra no shopping. Ela é a líder dos SOVA, então vocês precisam esconder suas armas. E não sejam tão intimidantes. Aquela mulher é um soldado e não deixará nada passar. Amiga ou não, ela ficará nervosa se suspeitar de algo. Eu não lhe disse que sou uma vampira e não acho uma boa ideia lhe contar agora. Ela é uma caçadora de escaramuças há muitos anos e provavelmente enfiaria uma adaga no meu peito, se soubesse – explicou Elsie.

— Parece meu encontro de sábado à noite – brincou Rhys.

— Tenha cuidado com suas emoções, Elsie. Você é nova no vampirismo e seu controle é apenas razoável, na melhor das hipóteses. Suas presas tendem a descer e seus olhos brilham quando fica irritada – avisou Orlando, quando estacionaram perto da praça movimentada.

— Tudo bem – suspirou ela, enquanto saía do carro.

Controle, disse a si mesma. Lembrar disso seria um desafio. Não ia desistir, no entanto. Considerava aquela mulher sua amiga. Afinal, Mack a ajudara no período mais difícil de sua vida, depois que Dalton foi morto.

Elsie avistou Mackendra com facilidade. O cabelo preto curto e espetado e as tatuagens se destacavam na multidão. Ela sorriu para si mesma enquanto lia a camiseta rosa esticada nos seios fartos de Mackendra. A mulher era uma ativista ao extremo, ostentando um top que dizia “Cuidado com os peitos, vadias”, com duas fitas rosa nos dizeres em seus seios. A mensagem era clara e direta, assim como quem usava a camiseta. Elsie queria uma para ela.

— Ei, obrigada por me encontrar – gritou, enquanto eles se aproximavam. Ela abraçou Mackendra e a apertou nos braços por um momento. Sentia falta da amiga. – Amei sua camiseta.

Mackendra olhou para baixo e, em seguida, encontrou o olhar de Elsie com um pequeno sorriso.

— Eu a uso em homenagem à minha tia. Uma em cada oito mulheres sofre de câncer de mama e temos que passar a mensagem. Faz tanto tempo, El. O que aconteceu com você? E quem são seus novos amigos? – Mackendra olhou os caras com desconfiança, demorando-se em Kyran por vários momentos.

Elsie percebeu a dicotomia entre Kyran e Rhys. Kyran permaneceu rígido, com os braços cruzados sobre o peito, enquanto Rhys flertava com algumas mulheres à esquerda. Quanto ao comportamento de Rhys, aquilo não era nenhuma surpresa, mas algo estava acontecendo com Kyran. Sua tensão era palpável. Ela não teve tempo para descobrir o motivo e se concentrou em Mack.

— Lamento não ter ligado antes. Minha vida deu uma guinada inesperada, mas maravilhosa – disse Elsie e, em seguida, virou-se para os rapazes. – Este é o detetive Orlando Trovatelli. É um dos detetives que investigaram o assassinato do meu primeiro marido.

O olhar de Mackendra se voltou para Elsie e depois para Orlando, e retornou para Kyran, cujos olhos ainda não haviam deixado o rosto da mulher.

— Você disse “primeiro marido”. Isso significa que se casou de novo? – perguntou Mack, claramente chocada. Elsie não ficou surpresa que a amiga tivesse se concentrado nesse pequeno fato.

A culpa a atingiu. Eram boas amigas e ela não havia convidado Mack para sua cerimônia de acasalamento. Mas não podia. Mack enlouqueceria se soubesse que Elsie estava acasalada com um vampiro.

— Sim, eu me casei e quero lhe contar sobre isso, mas é uma história para outra hora. Orlando e eu estamos aqui por motivos menos agradáveis, infelizmente – admitiu Elsie.

Orlando deu um passo à frente e estendeu a mão.

— Prazer em conhecê-la, Sra. Callaghan.

Após uma ligeira hesitação, Mackendra apertou a mão estendida de Orlando.

— Não tenho certeza se é prazer ou não. O que posso fazer por vocês? – perguntou.

Elsie sentia falta da personalidade direta e ousada de Mack. Com ela, o que se via correspondia ao que Mack estava pensando.

— Sra. Callaghan, gostaria de lhe perguntar sobre um membro de sua organização. Elsie me disse que você formou o grupo de justiceiros SOVA. Tenho certeza de que está ciente de que houve uma série de assassinatos inexplicáveis na cidade. Bem, encontramos uma vítima vestindo uma jaqueta SOVA – informou Orlando.

— Oh, Deus, não. Quem? – A voz de Mackendra falhou.

— Esse é o problema. Não temos certeza. Ela era caucasiana, com cabelos castanhos escuros na altura dos ombros, cerca de um metro e setenta, e aproximadamente sessenta quilos. Isso é tudo que temos no momento – respondeu Orlando, com gentileza.

— Estava pensando que podia ser Ellen – sugeriu Elsie.

Mack encarou Elsie e depois se virou de novo para Kyran, que a olhava fixamente.

— Poderia ser. Faz alguns dias que não tenho notícias dela, mas há algumas mulheres na minha organização que poderiam corresponder a essa descrição. Pode me contar mais? – perguntou Mackendra, cruzando os braços sobre o peito, o que fez os seios empurrarem a camiseta justa.

Elsie ouviu Kyran suspirar fundo antes de se afastar às pressas. Ela não tinha certeza do que estava acontecendo com ele, mas gostaria que ele se recompusesse. Estava chamando atenção.

— Qual é o problema dele? E como ele se moveu tão rápido? – interpelou Mackendra.

Elsie queria acabar com Kyran. Não havia nenhuma maneira de Mack deixar de notar os movimentos dele, na velocidade da luz. Kyran estava assumindo um grande risco ao mostrar sua velocidade sobrenatural.

— Não faço ideia. Ele é difícil de entender, mesmo quando está em seus melhores dias. Estamos aqui porque meus novos amigos se preocupam com as vítimas dessas criaturas malignas tanto quanto nós. Lutaram contra eles por muito mais tempo do que você. Também não desisti da luta e tenho trabalhado com eles. Queremos ajudar a manter vocês seguros. Houve relatos de que houve um aumento no número de mulheres desaparecidas. Depois de encontrar esta última vítima, a polícia agora está investigando os SOVA e um modo de parar suas patrulhas – explicou Elsie.

— Não posso acreditar que você nos deixou por algum cara. Nunca a imaginei como uma dessas mulheres – disse Mack, olhando ao redor, provavelmente procurando por Kyran.

A mulher nunca desistia de nada. Isso dava a Elsie tempo para acalmar os nervos antes que sua natureza vampírica surgisse. Mostrar a Mack suas presas ou olhos brilhantes lhe valeria uma adaga no coração.

— Isso não é justo, Mack. Nunca abandonei a causa. Fiz muito mais do que imagina – protestou Elsie.

— Então, tem mais alguma coisa que pode me dizer? – perguntou Mackendra a Orlando, ignorando-a completamente.

— Ela tinha uma marca de mordida no lado esquerdo do pescoço e uma pomba tatuada no pulso direito. Você está sendo muito dura com Elsie, para não mencionar que está informando mal seus membros. Vampiros existem, mas o que atacou você e seus amigos não eram vampiros. São chamados de escaramuças e são lacaios criados por arquidemônios. Agora, o que você pode me dizer sobre sua amiga? Gostaria de notificar a família dela – respondeu Orlando.

— Nem sei o que pensar de tudo isso. Você está me dizendo que os vampiros são reais, mas não são maus? Eu conheço o mal. O mal fez isso comigo e com tantos outros – cuspiu Mack, enquanto puxava a gola de sua camisa para revelar as cicatrizes. – E você estava certa, Elsie, era Ellen. Vou contar à família dela – insistiu Mack, e Elsie percebeu o peso que Mack carregava.

Elsie esperava que sua amizade não estivesse arruinada. Enquanto Orlando esclarecia a diferença entre vampiros e escaramuças e eles conversavam sobre como os dois grupos poderiam colaborar, Elsie procurou por Kyran. Sem dúvida, ele não tinha partido. Onde diabos estava? Rhys ainda flertava alegremente com as humanas, sem nenhuma preocupação no mundo. Finalmente, Elsie viu Kyran andando de um lado para o outro na frente da fonte.

Ele estava claramente lutando contra algo. Seus olhos se encontraram na praça e ele balançou a cabeça, e então desapareceu. Elsie queria estrangulá-lo por sumir na presença de tantos humanos. A quinze metros de distância, Elsie o viu reaparecer. Ele olhou para Mackendra mais uma vez e saiu correndo. Ela olhou para Rhys, que havia largado as vadias e estava boquiaberto, chocado. A última coisa que eles precisavam, com Zander fora da cidade, era Kyran enlouquecer.

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Возрастное ограничение:
0+
Дата выхода на Литрес:
20 ноября 2021
Объем:
360 стр.
ISBN:
9788835428930
Переводчик:
Правообладатель:
Tektime S.r.l.s.
Формат скачивания:
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