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CAPÍTULO SEIS

Enquanto ela esperava não ter que falar com as famílias dos falecidos, Mackenzie estava cumprindo os afazeres de sua lista de tarefas mais rápido do que ela esperava. Depois de deixar a casa dos Sterlings, naturalmente, o próximo lugar para se conseguir respostas era a casa dos parentes mais próximos. No caso dos Sterlings, a familiar mais próxima era uma irmã que morava a menos de dezesseis quilômetros da moradia dos Kurtzes. O resto da família vivia no Alabama.

Os Kurtzes, no entanto, tinham muitos familiares nas proximidades. Josh Kurtz não se mudou para muito longe de casa, vivendo a cerca de trinta e dois quilômetros não só da casa de seus pais, mas também de sua irmã. E já que o DP de Miami já havia falado bastante com os Kurtzes no início do dia, Mackenzie optou por falar com a irmã de Julie Kurtz.

Sara Lewis parecia mais do que feliz em se encontrar com eles, e embora a notícia sobre a morte de sua irmã tivesse sido dada há menos de dois dias, ela parecia ter se conformado, da maneira como uma pessoa de vinte e dois anos consegue se conformar.

Sara convidou ambos para entrar em sua casa em Overtown, uma pitoresca casa de um andar que era um pouco mais do que um pequeno apartamento. A casa era pouco decorada e tinha aquela espécie de silêncio irritante que Mackenzie havia sentido em tantas outras casas onde alguém estava lidando com uma perda recente. Sara sentou-se na borda de seu sofá, com uma caneca de chá nas mãos. Ficou claro que ela tinha chorado recentemente; ela também parecia não ter dormido muito.

—Suponho que se o FBI está envolvido, disse ela, —isso significa que houve mais assassinatos?

–Sim, houve, Harrison disse ao lado de Mackenzie. Ela franziu a testa brevemente, desejando que ele não tivesse tanta boa vontade em divulgar aquela informação.

—Mas, Mackenzie disse, interrompendo antes Harrison pudesse continuar, —nós, claro, não podemos fazer quaisquer afirmações sólidas sobre uma conexão sem uma investigação completa. E é por isso que fomos chamados.

—Eu vou ajudar o quanto puder, disse Sara Lewis. Mas eu já respondi às perguntas da polícia.

–Sim, eu entendo, e eu agradeço por isso, disse Mackenzie. Eu só quero cobrir algumas coisas que eles podem ter deixado para trás. Por exemplo, você por acaso tem alguma ideia de como a sua irmã e seu cunhado estavam financeiramente?

Ficou claro que Sara pensava que era uma pergunta estranha, mas ela fez o seu melhor para responder. Ok, suponho que sim. Josh tinha um bom emprego e eles realmente não gastavam muito dinheiro. Julie, às vezes, me repreendia, por gastar muito levianamente. Quero dizer, eles certamente não eram ricos… não pelo que eu sei. Mas viviam bem.

—Agora há pouco, um vizinho nos disse que Julie gostava de desenhar. Era apenas um hobby ou estava ganhando dinheiro com isso?

–Mais hobby, disse Julie. Era muito boa, mas sabia que não era nada de espetacular, sabe?

–E seus ex-namorados? Ou talvez ex-namoradas de Josh?

—Julie teve alguns, mas nenhum deles causou problemas. Além disso, todos eles vivem do outro lado do país. Eu sei que dois deles são casados. Quanto ao Josh, eu não acho que haveria qualquer ex envolvida. Quero dizer… inferno, eu não sei. Eles eram apenas um ótimo casal. Estavam realmente bem juntos—repugnantemente fofos em público. Esse tipo de casal.

A visita parecia muito breve para acabar, mas Mackenzie tinha apenas uma outra rota para perseguir e não tinha certeza de como se referir a ela sem ser repetitiva. Ela pensou nas estranhas transações no talão de cheques dos Sterlings, ainda incapaz de entendê-las.

Provavelmente nada, pensou. Pessoas usam seus talões de cheques de forma diferente, é só isso. Ainda assim, vale a pena analisar.

Pensando nas abreviaturas que ela tinha visto no talão de cheques dos Sterlings, Mackenzie continuou. Quando abriu a boca para falar, ela ouviu o telefone de Harrison vibrando no bolso dele. Ele rapidamente verificou a tela, em seguida, ignorou a chamada. Desculpem-me, disse ele.

Ignorando a perturbação, Mackenzie perguntou: —Você por acaso sabe se Julie ou Josh estavam envolvidos com qualquer tipo de organização ou talvez até mesmo clubes ou academias? O tipo de lugar em que eles rotineiramente pagariam taxas?

Julie pensou sobre isso por um momento, mas balançou a cabeça. Não que eu saiba. Como eu disse… eles realmente não gastavam muito dinheiro. A única taxa mensal que eu sei que Julie pagava, fora as contas, era a sua conta do Spotify, e isso custa apenas dez dólares.

—E você tem sido contatada por alguém, como um advogado, sobre o que aconteceu com as finanças deles? Perguntou Mackenzie. Sinto muito por perguntar isso, sei que posso estar pressionando.

—Não, ainda não, disse ela. Eles eram tão jovens, eu não sei mesmo se eles tinham um testamento. Merda… Eu acho que tenho que olhar tudo isso, não é?

Mackenzie ficou de pé, incapaz de responder à pergunta. Mais uma vez obrigada por falar conosco, Sara. Por favor, se você pensar em algo mais em relação às perguntas que eu lhe fiz, eu agradeceria se puder me ligar.

Com isso, ela entregou Sara um cartão de visita. Sara pegou o cartão e o guardou enquanto os levava até a porta. Não estava sendo rude, mas estava claro que ela queria que eles fossem embora o mais rápido possível.

Com a porta fechada atrás deles, Mackenzie encontrou-se de pé na varanda de Sara com Harrison. Ela considerou corrigi-lo rapidamente por ter deixado Sara saber que houve mais assassinatos e que poderiam estar relacionados com o assassinato de sua irmã. Mas tinha sido um erro motivado pela sinceridade, algo que ela tinha feito uma ou duas vezes no começo. Então, ela deixou isso passar.

—Posso te perguntar uma coisa? Perguntou Harrison.

–Claro, disse Mackenzie.

—Por que você estava tão focada nas finanças? Isso tem algo a ver com o que você viu na casa dos Sterlings?

—Sim. É apenas um palpite por enquanto, mas algumas das transações estavam–

O telefone de Harrison começou a vibrar novamente. Ele pegou-o do bolso com um olhar envergonhado em seu rosto. Ele verificou a tela, quase ignorando-a, mas em seguida, manteve o objeto nas mãos enquanto eles caminhavam de volta para o carro.

—Desculpe-me, eu tenho que atender, disse ele. É minha irmã. Ela ligou enquanto estávamos lá dentro, também. O que é estranho.

Mackenzie não lhe deu tanta atenção ao entrar no carro. Ela mal estava ouvindo o final da conversa de Harrison quando ele começou a falar. No entanto, até o momento em que ela puxou o carro de volta para a rua, ela podia dizer pelo seu tom de voz que algo estava muito errado.

Quando ele terminou a chamada, havia uma expressão de choque em seu rosto. Seu lábio inferior tinha uma espécie de curva, algo entre uma careta e um franzir de rosto.

–Harrison?

—Minha mãe morreu esta manhã, disse ele.

–Ah meu Deus, disse Mackenzie.

–Ataque cardíaco… assim. Ela–

Mackenzie poderia dizer que ele estava lutando para não romper em lágrimas. Ele virou a cabeça para longe dela, olhando para fora da janela do lado do passageiro, e começou a desabafar.

–Eu sinto muito, Harrison, disse ela. Vamos levá-la de volta para casa. Vou marcar o seu voo agora. Você precisa de qualquer outra coisa?

Ele só fez um breve aceno de cabeça, ainda olhando para longe dela enquanto chorava um pouco mais abertamente.

Mackenzie primeiro ligou para Quantico. Não conseguiu falar com McGrath ao telefone, então ela deixou uma mensagem com a recepcionista dele, deixando-a saber o que tinha acontecido e que Harrison pegaria um voo de volta para DC o mais rápido possível. Ela então ligou para a companhia aérea e pegou o primeiro voo disponível, que partia em três horas e meia.

No momento em que o voo foi reservado e ela terminou a chamada, o telefone tocou. Olhando para o Harrison com um olhar simpático, ela respondeu a ligação. Parecia terrível voltar a sua atenção para uma mentalidade de trabalho após a notícia de Harrison, mas ela tinha um trabalho para fazer —e ainda não havia pistas sólidas.

—Sou a Agente White, disse ela.

–Agente White, sou a oficial Dagney. Eu pensei que você iria gostar de saber que temos uma potencial pista.

—Potencial? Ela perguntou.

—Bem, certamente ele se encaixa no perfil. Este é um cara que tem passagens por várias invasões de domicílio, duas das quais incluíam violência e agressão sexual.

–Nas mesmas áreas dos Kurtzes e dos Sterlings?

—É onde a coisa fica promissora, disse Dagney. Um dos casos que envolviam agressão sexual aconteceu no mesmo conjunto de casas onde os Kurtzes viviam.

—Nós temos um endereço do cara?

—Sim. Ele trabalha em uma oficina de carros. Uma pequena oficina. E nós temos a confirmação de que ele está lá agora. O nome dele é Mike Nell.

—Envie-me o endereço e eu terei uma conversa com ele. E algo sobre os registros financeiros solicitados pelo Harrison? Perguntou Mackenzie.

—Ainda não. Nós temos alguns caras trabalhando nisso, no entanto. Não deve demorar

muito.

Mackenzie encerrou a chamada e fez o seu melhor para deixar que Harrison tivesse o seu momento de dor. Ele já não estava chorando, mas claramente tinha que fazer um esforço para se manter firme.

—Obrigado, disse Harrison, enxugando uma lágrima em seu rosto.

–Pelo quê? Perguntou Mackenzie.

Ele encolheu os ombros. Ligou para McGrath e o aeroporto. Lamento, este é um incômodo imenso no meio do caso.

–Não é, disse ela. Harrison, eu sinto muito pela perda.

Depois disso, o carro caiu em silêncio e querendo ou não, a mente de Mackenzie voltou para o modo trabalho. Havia um assassino em algum lugar lá fora, aparentemente com algum tipo estranho de vingança para casais felizes. E ele poderia estar à sua espera neste exato momento.

Mackenzie mal podia esperar para conhecê-lo.

CAPÍTULO SETE

Deixar o Harrison no hotel era doce e amargo ao mesmo tempo. Ela queria poder fazer mais por ele ou, no mínimo, oferecer algumas palavras mais reconfortantes. Ao final, no entanto, ela só lhe deu um aceno sem entusiasmo quando ele entrou no seu quarto para arrumar suas coisas e chamar um táxi para levá-lo ao aeroporto.

Quando sua porta se fechou, Mackenzie colou o endereço que Dagney enviou no GPS. A oficina Lipton Auto Garage estava exatamente a dezessete minutos do hotel, uma distância que ela começou a percorrer imediatamente.

Estar sozinha no carro era estranho, mas ela novamente se distraiu com o cenário de Miami. Era diferente de qualquer outra cidade praiana em que ela esteve. As cidades menores situadas à beira da praia pareciam um pouco arenosas e quase desbotadas, mas tudo em Miami parecia brilhar apesar da areia tão próxima e da brisa salgada do oceano. De vez em quando, ela via um edifício que parecia fora de lugar, negligenciado e desamparado—um lembrete de que tudo tinha suas imperfeições.

Chegou à garagem mais cedo do que esperava, sendo distraída pelas paisagens da cidade. Ela estacionou em um pátio que estava superlotado com carros e caminhões que foram obviamente desmontados para a retirada de peças sobressalentes. Parecia o tipo de operação que estava praticamente em estado de quase falência.

Antes de entrar no lugar, ela fez uma rápida análise do lugar. Havia uma fachada de escritório aos pedaços e que atualmente estava abandonada. A oficina anexa possuía três entradas, apenas uma delas continha um carro; ele estava suspenso, mas não parecia estar sendo consertado. Na garagem, um homem estava revirando uma caixa de ferramentas em forma de prateleira. Outro estava na parte de trás da garagem, de pé em uma pequena escada e revirando uma série de caixas velhas de papelão.

Mackenzie foi até o homem mais próximo dela, o que estava revirando a caixa de ferramentas. Ele parecia estar se aproximando dos quarenta anos, com cabelos oleosos que desciam até os ombros. Os pêlos em seu rosto não eram uma barba. Quando ele olhou para ela se aproximando, ele abriu um grande sorriso.

—Ei, querida, disse ele com um pouco de sotaque sulista. Como posso ajudá-la hoje?

Mackenzie lançou seu distintivo. Você pode parar de me chamar de querida em primeiro lugar. Então, você pode dizer-me se é Mike Nell.

—Sim, sou eu, disse ele. Ele estava olhando para o distintivo dela com um sentimento parecido com medo. Ele então olhou para o rosto dela, como se estivesse tentando decifrar se aquilo era parte de alguma brincadeira.

–Sr. Nell, eu gostaria que você–

Ele se virou rapidamente e empurrou-a. Forte. Ela tropeçou para trás e seus pés atingiram um pneu que estava deitado no chão. Quando perdeu o equilíbrio e foi caindo para trás, viu Nell fugindo. Ele estava saindo da oficina, correndo e olhando por cima do ombro.

Isso se intensificou rapidamente, ela pensou. Ele tinha certeza que ele era culpado de alguma coisa.

Seus instintos queriam que ela pegasse a arma. Mas isso causaria alarde. Então ela se levantou e iniciou a perseguição. No entanto, quando se levantou, sua mão caiu sobre outra coisa que havia sido deixada no chão. Era uma chave de roda—possivelmente a chave que tinha tirado o pneu no qual ela tinha caído.

Pegou-a e rapidamente se levantou. Ela correu para a frente da garagem e viu Nell na calçada, prestes a atravessar a rua. Mackenzie olhou rapidamente para ambos os sentidos, viu que não havia carros por perto, e puxou o braço para trás.

Ela lançou a chave de roda através do ar com toda força que podia. Ele lançou a chave e cobriu os cinco metros que a separavam de Nell, atingindo-o em cheio nas costas. Ele soltou um grito de surpresa e dor antes de cambalear para a frente e cair de joelhos, quase plantando o rosto na lateral da rua.

Ela correu atrás dele, jogando um joelho em suas costas antes que ele pudesse sequer pensar em ficar de pé novamente.

Ela prendeu os braços dele para trás e empurrou para baixo. Ele tentou se contorcer, mas então percebeu que tentar fugir só causaria mais dor, pois seus ombros estavam esticados para trás. Com uma rapidez que ela vinha praticando há meses, ela puxou o par de algemas de seu cinto e bateu com ele em torno do pulso de Nell.

—Isso foi estúpido, disse Mackenzie. Eu só queria fazer algumas perguntas… e você me deu a resposta que eu estava procurando.

Nell não disse nada, mas ele acabou aceitando que não poderia fugir dela. Enquanto os carros passavam, o outro homem da oficina veio correndo.

—Que diabos é isso? Perguntou.

–Sr. Nell acabou de atacar uma Agente do FBI, disse Mackenzie. Receio que ele não será capaz de terminar o expediente para você.

***

Mackenzie observou Mike Nell por trás do duplo espelho da sala de observação. Ele parecia provocado e envergonhado—uma carranca tinha permanecido em seu rosto desde quando Mackenzie o puxou e algemou na frente do seu chefe. Ele mastigava nervosamente o lábio, uma indicação de que ele provavelmente estava ansioso para ter um cigarro ou uma bebida.

Mackenzie desviou o olhar para estudar o arquivo em suas mãos. Tinha uma breve, mas conturbada história sobre Mike Nell, um adolescente fugitivo aos dezesseis anos, preso por furto e assalto agravado pela primeira vez aos dezoito anos. Os últimos doze anos da sua vida pintavam o retrato de um conturbado perdedor—assalto, roubo, invasão de domicílio, algumas passagens pela prisão.

Ao lado de Mackenzie, Dagney e o Comandante Rodriguez olharam para Nell com um certo desprezo.

–Acho que você já lidou muito com ele no passado, certo? Perguntou Mackenzie.

—Sim, disse Rodriguez. E de alguma forma, os tribunais continuam batendo algemas nos pulsos dele e é só isso. A sentença mais longa que ele cumpriu foi a que ele acabou em liberdade condicional, e foi uma sentença de um ano. Se este idiota for responsável por esses assassinatos, os tribunais terão que enfiar o rabo entre as pernas.

Mackenzie entregou o relatório a Dagney e deu um passo em direção à porta. Bem, então vamos ver o que ele tem a dizer, disse ela.

Ela saiu de lá e ficou no corredor por um momento antes de sair para interrogar Mike Nell. Pegou o telefone, olhou-o para ver se tinha recebido uma mensagem de texto de Harrison. Ela presumiu que ele estaria no aeroporto agora, talvez falando com outros membros da família para ter uma ideia melhor do que estava acontecendo em casa. Ela realmente sentiu pena dele e mesmo não o conhecendo tão bem, ela desejava que houvesse algo que ela pudesse fazer por ele.

Deixando suas emoções de lado por um momento, ela colocou o telefone no bolso e entrou na sala de interrogatório. Mike Nell olhou para ela e não se incomodou em esconder o olhar de desprezo. Mas agora havia algo mais, também. Ele nem tentou esconder o fato de que estava comendo ela com os olhos, seus olhos demoravam mais tempo do que o necessário olhando para ela, especialmente, nos quadris de Mackenzie.

—Vê algo que você gosta, o Sr. Nell? Ela perguntou quando se sentou.

Claramente perplexo com a pergunta, Nell riu nervosamente e disse: —Acho que sim.

—Eu suponho que você sabe que está em apuros por ter colocado suas mãos em uma Agente do FBI, mesmo que tenha sido apenas um empurrão.

—E sobre o seu pequeno truque chave de roda? Perguntou.

—Você teria preferido a minha arma? Um tiro certeiro na panturrilha ou no ombro para

pará-lo? Nell não tinha nada a dizer sobre isso.

—Está claro que não seremos melhores amigos tão cedo, disse Mackenzie, —então vamos pular a conversa fiada. Eu gostaria de saber todos os lugares em que você esteve ao longo da última semana.

—É uma lista longa, Nell disse desafiadoramente.

–Sim, eu tenho certeza que um homem com o seu caráter vai para todos os lugares. Então, vamos começar com duas noites atrás. Onde você estava entre seis da noite e seis da manhã?

—Duas noites atrás? Eu estava com um amigo. Jogando baralho, bebi um pouco. Nada

demais.

—Alguém que não seja o seu amigo pode confirmar isso?

Nell encolheu os ombros. Eu não sei. Havia alguns outros caras jogando baralho com a gente. Que diabos é isso?

Mackenzie não o porquê de arrastar isso mais longe do que o necessário. Se não estivesse tão distraída com o que estava acontecendo com Harrison, ela poderia ter interrogado esse cara ainda mais antes de ir direto ao ponto, esperando que ele se enrolasse, caso fosse de fato culpado.

—Um casal foi encontrado morto em sua casa de condomínio duas noites atrás. Em uma casa localizada no mesmo complexo de moradias onde você foi preso por tentativa de roubo e agressão. Unindo os dois fatos, além do fato de que você está em liberdade condicional por pouco menos de um mês, coloca você no topo da lista de pessoas para serem interrogadas.

—Isso é besteira, disse Nell.

–Não, isso é lógico. Algo, que eu suponho, não seja familiar para você com base no seu registro criminal.

Ela podia ver que ele queria respondê-la, mas ele se deteve, novamente mordendo o lábio inferior. Eu não estive nesse lugar desde que eu saí, disse ele. Que droga de sentido isso faria?

Olhou para ele com ceticismo por um momento e perguntou: —E seus amigos? São caras que você conheceu enquanto estava na prisão?

—Um deles, sim.

—Algum deles está envolvido com roubo e assalto, também?

—Não, ele cuspiu a resposta. Um dos caras tem uma acusação por arrombamento e invasão de quando ele era um adolescente, mas não… eles não matariam ninguém. Nem eu—

—Mas arrombar, invadir e bater em alguém está OK?

—Eu nunca matei ninguém, disse ele novamente. Ele estava claramente frustrado e fazendo força para não atacá-la. E isso era exatamente o que estava procurando. Se ele fosse culpado dos assassinatos, a chance de ficar instantaneamente defensivo e irritado seria muito maior. O fato de que ele estava dando o melhor de si para ficar fora de problemas, mesmo atacando verbalmente a uma Agente do FBI, mostrava que ele provavelmente não tinha conexão com os assassinatos.

—Ok, então vamos dizer que você não está relacionado com esses assassinatos. Do quê você é culpado? Presumo que você está fazendo algo que não deveria. Por qual outro motivo você me empurraria, uma Agente do FBI, e tentaria correr?

—Eu não falo, disse ele. Não até que eu veja um advogado.

—Ah, eu esqueço que você é um profissional neste jogo. Então, sim, tudo bem… vamos chamar o seu advogado. Mas eu suponho que você também sabe como é o trabalho da polícia. Nós sabemos que você é culpado de algo. E nós vamos descobrir o que é. Então me diga agora e e ficará bom para todo mundo.

Seus cinco segundos seguidos de silêncio indicavam que ele não pretendia fazer tal coisa.

–Eu vou precisar dos nomes e dos números dos caras com quem você afirma ter estado duas noites atrás. Você vai me dar isso e se o seu álibi for verdadeiro, você está livre.

—Tudo bem, Nell resmungou.

Sua reação a isso foi mais um sinal de que ele era, provavelmente, inocente dos assassinatos. Não houve alívio imediato em seu rosto, apenas uma espécie de irritação que ele tinha de alguma forma sentido mais uma vez na sala de interrogatório.

Mackenzie pegou os nomes dos caras para que Dagney ou quem estivesse no comando de tal tarefa pudesse checar no celular de Nell os seus números. Ela saiu da sala de interrogatório e voltou para observação.

—Então? Disse Rodriguez.

—Ele não é o nosso cara, disse Mackenzie. Mas apenas para o protocolo, aqui está uma lista dos amigos com quem ele disse que estava na noite em que os Kurtzes foram assassinados.

—Você tem certeza disso?

Ela balançou a cabeça afirmando.

—Não houve alívio real quando eu disse que ele provavelmente poderia sair depois de seu álibi ser consultado. E eu tentei provocá-lo, para fazê-lo tropeçar. Seu comportamento simplesmente não é indicativo de culpa. Mas como eu disse, devemos verificar com os cúmplices, só para ter certeza. Nell é com certeza culpado de alguma coisa. Eu estou com o traseiro dolorido por causa de uma queda que prova isso. Você acha que os seus caras conseguem descobrir o que é?

—É isso aí. Ela deixou a delegacia, confiante de que Mike Nell não era o cara. Além disso, porém, ela começou a pensar em seu pai.

Supôs que estava prestes a acontecer. Havia algumas semelhanças entre o seu caso e o caso atual dela. Alguém tinha entrado nas casas dos casais sem sinais de entrada forçada, insinuando que os casais conheciam o assassino e que deixaram ele entrar de bom grado. Viu flashes de seu pai, esparramado e sangrando na cama, ao recordar as imagens que tinha visto dos Kurtzes e Sterlings nos arquivos do caso.

Pensar em um pai falecido a fez sentir mais fortemente a situação de Harrison. Ela chegou ao hotel o mais rápido que pôde, no entanto, quando bateu em sua porta, ele não respondeu. Mackenzie foi até a recepção e encontrou uma recepcionista com cara de tédio, passando páginas de uma revista de celebridades.

—Com licença, mas o meu parceiro já saiu do hotel?

–Sim, ele saiu cerca de cinco minutos atrás. Eu chamei um táxi para levá-lo ao

aeroporto.

–Obrigada, disse Mackenzie, desapontada.

Ela deixou a recepção se sentindo estranhamente alienada. Claro, ela tinha sentido isso em alguns casos antes, especialmente quando trabalhava como uma detetive em Nebraska. Mas estar em uma cidade estranha, sem um parceiro a fez se sentir particularmente sozinha. Isso a fez se sentir um pouco desconfortável, mas não havia como tentar ignorar isso.

Com esse sentimento de deslocamento crescendo a cada segundo, Mackenzie percebeu que colocaria um fim nisso da única maneira que sabia: afogando-se no trabalho. Ela voltou para o seu carro e foi direto de volta para a delegacia, pensar em continuar no caso a sós pode ser um pouco deprimente, mas também poderia ser apenas a motivação que ela precisava para encontrar o assassino antes que o dia chegasse ao fim.

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399 ₽
Возрастное ограничение:
16+
Дата выхода на Литрес:
09 сентября 2019
Объем:
212 стр. 4 иллюстрации
ISBN:
9781094303369
Правообладатель:
Lukeman Literary Management Ltd
Формат скачивания:
epub, fb2, fb3, ios.epub, mobi, pdf, txt, zip

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