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A M E A Ç A N A E S T R A D A

(OS PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE—LIVRO 4)

B L A K E P I E R C E

Blake Pierce

Blake Pierce é o autor da série de enigmas RILEY PAGE, com doze livros (com outros a caminho). Blake Pierce também é o autor da série de enigmas MACKENZIE WHITE, composta por oito livros (com outros a caminho); da série AVERY BLACK, composta por seis livros (com outros a caminho), da série KERI LOCKE, composta por cinco livros (com outros a caminho); da série de enigmas PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE, composta de dois livros (com outros a caminho); e da série de enigmas KATE WISE, composta por dois livros (com outros a caminho).

Como um ávido leitor e fã de longa data do gênero de suspense, Blake adora ouvir seus leitores, por favor, fique à vontade para visitar o site www.blakepierceauthor.com para saber mais a seu respeito e também fazer contato.

Copyright © 2017 por Blake Pierce. Todos os direitos reservados. Exceto conforme permitido na Lei de Direitos Autorais dos Estados Unidos (US. Copyright Act of 1976), nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de nenhuma forma e por motivo algum, ou colocada em um sistema de dados ou sistema de recuperação sem permissão prévia do autor. Este e-book está licenciado apenas para seu aproveitamento pessoal. Este e-book não pode ser revendido ou dado a outras pessoas. Se você gostaria de compartilhar este e-book com outra pessoa, por favor compre uma cópia adicional para cada beneficiário. Se você está lendo este e-book e não o comprou, ou ele não foi comprado apenas para uso pessoal, então por favor devolva-o e compre seu próprio exemplar. Obrigado por respeitar o trabalho árduo do autor. Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, lugares, eventos e acontecimentos são obras da imaginação do autor ou serão usadas apenas na ficção. Qualquer semelhança com pessoas de verdade, em vida ou falecidas, é totalmente coincidência. Imagem de capa: Copyright Korionov, usada sob licença de Shutterstock.com.

LIVROS DE BLAKE PIERCE

SÉRIE UM THRILLER PSICOLÓGICO DE JESSIE HUNT

A ESPOSA PERFEITA (Livro #1)

O PRÉDIO PERFEITO (Livro #2)

A CASA PERFEITA (Livro #3)

O SORRISO PERFEITO (Livro #4)

SÉRIE UM MISTÉRIO PSICOLÓGICO DE CHLOE FINE

A PRÓXIMA PORTA (Livro #1)

A MENTIRA MORA AO LADO (Livro #2)

BECO SEM SAÍDA (Livro #3)

VIZINHO SILENCIOSO (Livro #4)

VOLTANDO PRA CASA (Livro #5)

SÉRIE UM MISTÉRIO DE KATE WISE

SE ELA SOUBESSE (Livro #1)

SE ELA VISSE (Livro #2)

SE ELA CORRESSE (Livro #3)

SÉRIE OS PRIMÓRDIOS DE RILEY PAIGE

ALVOS A ABATER (Livro #1)

À ESPERA (Livro #2)

A CORDA DO DIABO (Livro #3)

AMEAÇA NA ESTRADA (Livro #4)

SÉRIE UM MISTÉRIO DE RILEY PAIGE

SEM PISTAS (Livro #1)

ACORRENTADAS (Livro #2)

ARREBATADAS (Livro #3)

ATRAÍDAS (Livro #4)

PERSEGUIDA (Livro #5)

A CARÍCIA DA MORTE (Livro #6)

COBIÇADAS (Livro #7)

ESQUECIDAS (Livro #8)

ABATIDOS (Livro #9)

PERDIDAS (Livro #10)

ENTERRADOS (Livro #11)

DESPEDAÇADAS (Livro #12)

SEM SAÍDA (Livro #13)

ADORMECIDO (Livro #14)

SÉRIE UM ENIGMA DE MACKENZIE WHITE

ANTES QUE ELE MATE (Livro #1)

ANTES QUE ELE VEJA (Livro #2)

ANTES QUE ELE COBICE (Livro #3)

ANTES QUE ELE LEVE (Livro #4)

ANTES QUE ELE PRECISE (Livro #5)

ANTES QUE ELE SINTA (Livro #6)

ANTES QUE ELE PEQUE (Livro #7)

ANTES QUE ELE CACE (Livro #8)

SÉRIE UM MISTÉRIO DE AVERY BLACK

RAZÃO PARA MATAR (Livro #1)

RAZÃO PARA CORRER (Livro #2)

RAZÃO PARA SE ESCONDER (Livro #3)

RAZÃO PARA TEMER (Livro #4)

RAZÃO PARA SALVAR (Livro #5)

RAZÃO PARA SE APAVORAR (Livro #6)

SÉRIE UM MISTÉRIO DE KERI LOCKE

RASTRO DE MORTE (Livro #1)

RASTRO DE UM ASSASSINO (Livro #2)

UM RASTRO DE IMORALIDADE (Livro #3)

UM RASTRO DE CRIMINALIDADE (Livro #4)

UM RASTRO DE ESPERANÇA (Livro #5)

ÍNDICE

PRÓLOGO

CAPÍTULO UM

CAPÍTULO DOIS

CAPÍTULO TRÊS

CAPÍTULO QUATRO

CAPÍTULO CINCO

CAPÍTULO SEIS

CAPÍTULO SETE

CAPÍTULO OITO

CAPÍTULO NOVE

CAPÍTULO DEZ

CAPÍTULO ONZE

CAPÍTULO DOZE

CAPÍTULO TREZE

CAPÍTULO QUATORZE

CAPÍTULO QUINZE

CAPÍTULO DEZESSEIS

CAPÍTULO DEZESSETE

CAPÍTULO DEZOITO

CAPÍTULO DEZENOVE

CAPÍTULO VINTE

CAPÍTULO VINTE E UM

CAPÍTULO VINTE E DOIS

CAPÍTULO VINTE E TRÊS

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

CAPÍTULO VINTE E CINCO

CAPÍTULO VINTE E SEIS

CAPÍTULO VINTE E SETE

CAPÍTULO VINTE E OITO

CAPÍTULO VINTE E NOVE

CAPÍTULO TRINTA

CAPÍTULO TRINTA E UM

CAPÍTULO TRINTA E DOIS

PRÓLOGO

Ao terminar a trilha pelas colinas áridas do Arizona, Brett Parma decidiu não voltar imediatamente para o camping. Ela encostou-se em sua pequena van, admirando o caminho que acabara de fazer, e respirou fundo para sentir o ar puro. Brett estava amando aquele lugar mais e mais a cada minuto.

E estamos em Dezembro! Pensou.

O clima daquele lugar era totalmente inverso ao frio congelante de North Platte, em Nebraska. Claro, ela sabia que aquele local seria terrivelmente quente no verão, mesmo no fim da tarde. Em outra estação, seria impossível fazer suas trilhas.

Brett tinha feito a escolha perfeita para as férias de três semanas—tanto em relação ao local quanto à época do ano. Os campings não estavam tão lotados, como estariam na alta temporada. Outra decisão inteligente tinha sido modificar sua van, transformando-a em um veículo de camping simples.

Parma vinha precisando desesperadamente daquelas férias. Seu emprego como recepcionista para o Grupo Médico Família Hanson vinha se tornando cada dia mais enfadonho. Todas as pessoas com quem ela lidava, no telefone ou pessoalmente, pareciam estar com raiva de algo ou de alguém—da cobertura do plano, do horário das consultas, da falta de disponibilidade de alguns médicos...

Todos problemas que eu não consigo resolver.

Mas todos aqueles problemas pareciam, felizmente, muito distantes agora. O que fez Brett pensar...

E se eu simplesmente não voltar?

Não seria bom aposentar-se aos trinta e poucos anos? Talvez, quem sabe, ela poderia fazer algo ainda mais maluco. E se ela seguisse pela estrada, de camping em camping, quem sabe parando até mesmo no meio da estrada, sempre para o sul, em direção ao México, sem nunca voltar?

Parma riu sozinha.

Não, ela não tinha aquele perfil—não conseguia ignorar perigos e responsabilidades para...

Como era mesmo a frase?

Ah sim. Para seguir minha felicidade.

Ela sabia que a aventura não era seu negócio. Além disso, suas economias se acabariam rapidamente. E depois, o que ela faria? Como se sustentaria?

Portanto, era preciso aproveitar ao máximo o que viria nos próximos dias.

E Brett estava feliz com aquilo.

Ao ver o sol começar a desaparecer atrás da montanha rochosa e cor de ferrugem, ouviu o som de um veículo se aproximando. Virou-se e viu um carro de camping de tamanho considerável.

Ficou um pouco surpresa. Ela havia escolhido aquela estrada por imaginar que teria o espaço somente para si, principalmente naquela época do ano.

Surpreendeu-se ainda mais quando o motorista parou o veículo exatamente ao lado de sua van. O gigante fez seu carro apequenar-se, mas isso acontecia comumente em outros campings.

Deve ser legal ter tanto luxo sobre quatro rodas.

O motorista saiu do veículo. Era um homem difícil de descrever, mas com boa aparência.

Ele olhou para Brett e disse:

- Ei, nós não nos conhecemos do camping Wren’s Nest?

Pensando na pergunta, Brett percebeu que tanto o homem quanto o carro dele pareciam familiares, do camping onde ela havia ficado na noite anterior. Ele tinha exatamente o estilo dos caras que ela havia visto nos campings, mais velhos e obviamente mais ricos do que ela. Geralmente, no entanto, eles tinham uma família inteira viajando junto.

- Pode ser – ela disse.

- Sou o Pete – o homem falou.

- Sou Brett.

- Prazer em conhecê-la, Brett.

- Igualmente – Brett disse. – Para onde você está indo?

- Para o camping Beavertail – Pete respondeu.

- Eu também – Brett disse. – Parece que fica a dez minutos daqui.

Pete assentiu e sorriu.

- Sim, é o que eu vi também.

Ele caminhou até uma placa que dizia INÍCIO DA TRILHA e parou, olhando para as montanhas por um instante.

Depois, olhou para Brett disse:

- Parece que você acabou de vir de uma trilha.

Brett sabia que aquele era um bom chute, já que ainda estava com sua mochila nas costas.

- Exatamente – respondeu.

Pete olhou para ela e perguntou:

- Acho que também quero fazer essa trilha. Você recomenda?

Brett surpreendeu-se um pouco com a pergunta. Ela respondeu:

- Hum, é uma trilha muito legal, mas... já é bem tarde, você não acha? Vai escurecer logo, logo.

Pete suspirou, decepcionado.

- É verdade – ele disse. – Talvez eu volte aqui amanhã, então.

Ele olhou novamente para as montanhas por alguns segundos, e voltou a caminhar em direção a seu carro.

Depois, virou-se e disse para Brett:

- Você quer entrar e tomar uma cerveja?

Brett ficou surpresa e feliz com o convite. Ela não havia trazido nada para beber na trilha, com exceção de água e alguns refrigerantes, e uma cerveja gelada cairia bem. Além disso, seria incrível poder conhecer aquele veículo por dentro.

- Seria legal – respondeu.

Pete a levou para dentro do veículo, que por dentro parecia muito mais espaçoso do que por fora. Tinha uma cozinha grande e completa, com forno, e espaço suficiente para mais de uma pessoa—um casal com um ou dois filhos, talvez.

No entanto, Pete parecia estar viajando sozinho. Brett imaginou que ficaria muito assustada viajando sozinha num veículo daquele. Sua van não tinha nada daquilo, apenas um colchão.

Pete apontou para a porta e disse:

- Você está na estrada há um tempo. Se quiser, pode usar o banheiro.

Brett segurou um suspiro de felicidade.

Um banheiro de verdade!

Claro, não seria muito maior do que um closet. Mas em comparação aos banheiros dos restaurantes, postos de gasolinas e dos próprios campings, seria um verdadeiro luxo.

- Obrigada! – ela disse.

Brett abriu a porta e entrou no pequeno banheiro. A porta fechou-se, e ela encontrou-se totalmente no escuro.

Estranho, pensou.

O banheiro não deveria ter ao menos uma janela?

Brett passou a mão pela parede ao lado da porta, procurando um interruptor, mas não encontrou. Claro, ela não poderia esperar que o veículo tivesse energia elétrica se não estava conectado a nenhuma fonte de energia.

Virou-se para sair, mas o trinco não se mexeu.

Deve estar quebrado.

Tímida, chamou:

- Ei, acho que estou trancada.

Não houve resposta.

Começando a ficar preocupada, Brett pegou o celular do bolso e ligou sua lanterna.

Quando o celular iluminou o local, o medo tomou conta de seu corpo.

Aquilo não era um banheiro.

Talvez tivesse sido um dia, mas agora já não tinha suas características comuns.

Brett estava em pé em um espaço retangular, com as paredes e o teto forrados com pequenos azulejos, com pequenos buracos.

Isolamento acústico, ela percebeu.

Aquele lugar era à prova de som?

Sentiu o medo crescer.

Ao focar os olhos na parede, percebeu que os azulejos estavam arranhados.

As paredes estavam sujas, manchadas com algo vermelho.

Sangue!

Quando ouviu o trinco da porta começar a se mexer, ela começou a gritar.

Mas sabia que não adiantaria de nada.

Quando a porta começou a se abrir, Brett Parma soube que iria morrer.

CAPÍTULO UM

Um homem corpulento foi até o microfone e começou a falar.

- Sinto-me honrado em estar...

Mas sua voz firme transformou-se em um som estridente de microfonia, que ecoou pelo auditório gigante.

Riley Sweeney quase deu um pulo de sua cadeira.

O barulho logo diminuiu, e poucos segundos depois Riley estava rindo, nervosa, junto com os outros formandos da Academia do FBI. O diretor do FBI, Bill Cormack, era conhecido por ter uma voz forte, profunda, que causava estrago nos sistemas de som.

Ele poderia até falar sem microfone, Riley pensou.

Com aquela voz forte, com certeza ele se faria ouvir sem grandes problemas.

Mas, com um sorriso, o diretor Cormack começou a falar no microfone novamente, dessa vez muito mais tranquilo.

- Sinto-me honrado em estar formando os graduados da Academia deste ano, aqui em Quantico. Parabéns a todos vocês por terem passado por todos os desafios das últimas dezoito semanas.

Riley refletiu sobre aquelas palavras.

Dezoito semanas!

Quem dera eu tivesse tido dezoito semanas inteiras!

Ela havia perdido quase duas semanas de Academia, perseguindo um assassino brutal ao invés de participar das aulas como todos os outros formandos.

Seu mentor, o agente especial Jake Crivaro, havia a retirado da Academia, sem cerimônias, para trabalhar em um caso na Virginia Ocidental—um caso sinistro em que o assassino matava suas vítimas enrolando-as em arame farpado.

Dar conta de seus estudos, depois, fora difícil. Riley invejara os outros alunos por terem tido mais tempo para realizar um trabalho tão difícil. Mas ela sabia que nem todos os cerca de duzentos estudantes que tinham entrado na Academia estavam se formando naquele dia. Alguns haviam reprovado, e outros, desistido.

Ela estava orgulhosa de si mesma por ter chegado até ali, apesar de tudo.

Riley voltou sua atenção para o que o diretor Cormack estava dizendo.

- Eu olho para trás e lembro com admiração da jornada pela qual eu e tantos outros agentes passamos antes de vocês, na qual vocês estão prestes a embarcar hoje. Posso lhes dizer, pela minha própria experiência, que essa jornada é muito gratificante—mas às vezes, não tão reconhecida. Seus esforços nem sempre receberão gratidão pública.

Ele fez uma pausa, como se estivesse refletindo sobre sua própria experiência. Depois, disse:

- Lembrem-se que poucas pessoas fora do FBI têm ideia da responsabilidade de vocês. Vocês serão criticados por seus trabalhos, e cada um de seus erros serão escrutinados, muitas vezes pela mídia. Quando vocês falharem ao solucionar um crime, sentirão que o mundo inteiro sabe disso. Quando obtiverem sucesso, muitas vezes se sentirão abandonados e esquecidos.

Ele inclinou-se para frente e disse, quase murmurando:

- Mas lembrem-se sempre—vocês não estarão sozinhos. Vocês fazem parte de uma família agora—a família mais orgulhosa e leal que qualquer um pode imaginar. Sempre haverá alguém aqui para confortá-los nas derrotas e celebrar suas vitórias.

Riley sentiu um nó na garganta ao ouvir aquela palavra...

Família.

Ela mal tivera uma família, pelo menos desde que sua mãe fora assassinada diante de seus olhos, quando Riley ainda era criança. Seu pai, um ex-integrante da Marinha que morava nas montanhas dos apalaches, ainda estava vivo. Mas ela não o via desde...

Desde quando mesmo?

Desde sua formatura na faculdade, no outono passado, Riley lembrou-se. E o encontro não tinha sido nada agradável. Até onde Riley sabia, seu pai não sabia quase nada sobre tudo o que ela havia feito desde então. Ela perguntou-se se um dia contaria a ele. Perguntou-se, também, se voltaria a vê-lo algum dia.

E agora, o diretor Cormack estava prometendo algo com o qual Riley sonhara, mas nunca tivera.

Uma família.

Seria mesmo possível?

Ela se sentiria parte dessa família enorme nos dias seguintes?

Riley olhou em volta, nos rostos de seus companheiros formandos. Muitos estavam sorrindo, uns para os outros, e alguns cochichavam enquanto o diretor Cormack seguia falando. Riley sabia que muitos deles tinham feito grandes amizades na Academia.

Ela entristeceu-se ao pensar que não tinha encontrado uma “família” ali. Por conta do caso de assassinato, não tivera muito tempo para socializar e fazer amigos. No máximo, havia criado a expectativa de duas boas amizades durante a Academia—uma com sua colega de quarto, Frankie Dow, e outra com John Welch, um cara jovem, bonito e idealista, com quem Riley já havia passado dez semanas durante o Programa de Estágio de Honra do FBI.

John e Frankie também estavam ali naquele dia. Os formandos estavam organizados por ordem alfabética, e portanto seus dois amigos estavam distantes. Riley nem sequer conhecia as pessoas que estavam a seu lado.

Lembrou-se de que ela e seu noivo, Ryan Paige, já eram—ou pelo menos quase—uma família. Ela voltaria a morar com ele no apartamento dos dois, em Washington, e ambos tinham planos de se casar em breve. Riley havia perdido um bebê em um aborto espontâneo, mas eles pensavam seriamente em ter filhos em alguns anos.

Riley perguntou-se se Ryan estaria na plateia. Era sábado, o que poderia ser um dia normal de trabalho para um advogado iniciante como Ryan. Além disso, Riley sabia que ele tinha sentimentos confusos sobre a carreira que ela tinha escolhido.

O diretor Cormack finalizou seu discurso, e havia chegado a hora de fazer o juramento para os novos agentes. Um por um, ele chamaria seus nomes. Cada um deles teria que se levantar, fazer o juramento ao FBI, receber seu distintivo, e voltar a seu lugar.

Eles estavam sendo chamados em ordem alfabética, e quando Cormack começou a proclamar os nomes da lista, Riley desejou que seu nome não começasse com a décima nona letra do alfabeto. A espera foi longa. Frankie, é claro, fez o juramento antes, acenando e sorrindo para Riley ao voltar para seu lugar.

Quando o diretor finalmente chamou o nome de Riley, seus joelhos se enfraqueceram no caminho até o corredor. Ao apressar-se em direção ao palco, Riley sentiu que já não estava dentro de seu próprio corpo.

Finalmente no palco, levantou a mão e repetiu as palavras do diretor Cormack:

- Eu, Riley Sweeney, juro solenemente que irei defender a constituição dos Estados Unidos contra todos seus inimigos, estrangeiros e internos.

Precisou segurar uma lágrima ao continuar.

É real, disse a si mesma. Está acontecendo.

Era um juramento curto, mas Riley achou que sua voz fosse faltar antes do fim. Finalmente, disse as últimas palavras:

- ... e que vou cumprir fielmente os deveres do trabalho no qual estou prestes a ingressar. Que Deus me ajude.

Riley estendeu sua mão, esperando que o diretor Cormack lhe entregasse seu distintivo. No entanto, o homem sorriu e colocou o distintivo no pódio.

- Agora espere, senhorita. Temos algo a fazer.

Riley tossiu. Ela não poderia se formar, no final das contas?

O diretor pegou uma pequena caixa preta do bolso de sua jaqueta e disse:

- Riley Sweeney, sinto-me honrado em conferir-lhe o prêmio de Liderança por Excelência.

Riley congelou, chocada.

O diretor abriu a pequena caixa e tirou dela uma fita, com uma medalha. Aplausos tomaram conta do auditório quando Cormack colocou a medalha no pescoço de Riley. Cormack a agradeceu pela iniciativa e liderança durante suas semanas na Academia.

Riley tentou escutar as palavras dele com atenção, mas estava tonta de tanta surpresa.

Não desmaie, ordenou a si mesma. Fique em pé.

Desejou que alguém estivesse gravando as palavras do diretor, porque tudo estava confuso para ela naquele momento.

Cormack a entregou algo.

Meu distintivo do FBI, Riley deu-se conta ao aceitá-lo.

Depois, ele estendeu a mão. Ela o cumprimentou e virou-se para sair.

Quando Riley Sweeney, nova agente do FBI, saiu do palco, viu que nem todos os formandos pareciam felizes por ela. Na verdade, havia um claro ressentimento no rosto deles. Mas ela não os culpava. Quando voltara do caso de assassinato, Riley fora designada líder de equipe várias e várias vezes nas atividades da Academia. Não era segredo para ninguém que alguns alunos achavam que a recente tarefa de campo de Riley havia lhe dado uma vantagem injusta sobre os outros. Ela tinha de certeza que os formandos que já tinham um passado nas forças da lei deveriam ser os mais inconformados.

Riley voltou a seu lugar, emocionada por ter recebido o prêmio e sem conseguir se lembrar de nenhuma situação parecida em sua vida.

Enquanto isso, o restante dos formando subiu ao palco para receber seus distintivos. Quando John levantou-se, Riley sorriu e acenou para ele, recebendo um aceno envergonhado como resposta.

Depois que os últimos alunos fizeram seus juramentos, o diretor Cormack novamente parabenizou os formandos pela conquista e encerrou a cerimônia. Os alunos levantaram-se de seus lugares e procuraram seus amigos.

Riley rapidamente localizou John e Frankie, que pareciam muito orgulhosos, exibindo seus novos distintivos.

- Conseguimos! – John disse, abraçando Riley.

- Somos agentes do FBI de verdade! – Frankie disse, também abraçando Riley.

- Somos mesmo! – Riley disse.

Frankie acrescentou:

- E o melhor de tudo: vamos trabalhar todos juntos na sede de Washington. Vamos continuar juntos!

- Vai ser incrível! – Riley concordou.

Ela respirou fundo. Depois de um verão intenso, tudo estava dando certo. Mais do que ela poderia imaginar.

Riley procurou Ryan e o viu caminhando pela multidão, em sua direção.

Ele estava mesmo presente, e tinha um sorriso estampado no rosto.

- Parabéns, meu amor – ele disse, beijando-a na bochecha.

- Obrigada – Riley disse, retribuindo o beijo.

Segurando a mão de Riley, Ryan disse:

- Agora podemos ir para casa.

Riley sorriu e assentiu. Sim, aquela era outra notícia boa daquela formatura. Durante as semanas na Academia, Riley havia morado no dormitório, enquanto Ryan ficara no apartamento dos dois, em Washington. Eles tinham passado muito pouco tempo juntos desde então, muito menos do que ambos desejaram.

Sua contratação para a sede de Washington significava que ela trabalharia a apenas algumas estações de metrô de seu apartamento. Eles poderiam organizar suas vidas juntos, e talvez começar a planejar o casamento em breve.

Mas antes que Ryan e Riley pudessem sair, John a chamou.

- Riley, espere um minuto. Temos mais uma coisa para fazer.

Os olhos de Riley arregalaram-se quando ela se lembrou...

Sim, temos mais uma coisa para fazer.

Riley e seus amigos saíram no ar gelado do inverno, onde os novos agentes estavam se alinhando e atravessando o pátio em direção ao cofre de armas do FBI. Riley e seus dois amigos apressaram-se para entrar na fila, enquanto Ryan os seguiu.

Riley percebeu que Ryan parecia perplexo.

Ele não percebeu o que está acontecendo aqui, pensou.

Não havia tempo para discutir naquele momento. Riley e seus amigos estavam se aproximando do intendente.

Quando finalmente chegaram, o homem entregou a cada um uma arma de fogo—uma pistola Glock, de calibre 22.

Ryan ficou de boca aberta, surpreso—e também assustado, Riley sabia.

Ele vai ter que se acostumar com isso, pensou.

Riley sorriu para ele e disse:

- Tudo bem, podemos ir embora agora.

Aliviada ao ver que Ryan não fez nenhum comentário sobre a arma de fogo, Riley despediu-se de seus amigos e voltou ao pátio.

Vai ficar tudo bem, pensou.

Foi quando um jovem aproximou-se dela segurando um envelope.

- Você é Riley Sweeney? – o jovem perguntou.

- Sim.

O jovem lhe entregou um envelope e disse:

- Me mandaram te entregar isso. Você precisa assinar aqui, para confirmar que recebeu.

Riley assinou e abriu o envelope imediatamente.

Cambaleou para trás, surpresa, ao ler seu conteúdo.

- O que é isso? – Ryan perguntou.

Ela respirou fundo e respondeu:

- Uma transferência de cargo.

- O que isso significa?

- Não vou trabalhar na sede de Washington. Me colocaram na Unidade de Análise Comportamental, em Quantico.

Ryan gaguejou:

- Mas—mas você disse que... nós íamos morar juntos.

- Nós vamos – Riley apressou-se em garantir. – Não é tão longe, na verdade.

No entanto, ela sabia que a mudança definitivamente complicaria suas vidas. Não seria impossível para os dois ficarem juntos, mas não seria fácil.

Ryan respondeu:

- Você não pode fazer isso. Eles vão ter que mudar isso aí.

- Não posso fazer eles mudarem nada – Riley respondeu. – Sou uma novata aqui, como você no escritório.

Riley ficou em silêncio por um bom tempo, até que resmungou:

- De quem foi essa ideia, afinal?

Riley pensou naquilo. Ela não havia assinalado Quantico sem sequer entre suas três preferências. Quem teria intervindo para colocá-la lá?

Então, ao suspirar, pensou...

Acho que já sei quem foi.

299 ₽
Возрастное ограничение:
0+
Дата выхода на Литрес:
15 апреля 2020
Объем:
221 стр. 3 иллюстрации
ISBN:
9781094304595
Правообладатель:
Lukeman Literary Management Ltd
Формат скачивания:
epub, fb2, fb3, ios.epub, mobi, pdf, txt, zip

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